Mais de um ano já se passou desde que Saymon Henrique Silva, hoje com 14 anos de idade, foi vítima de uma descarga elétrica sofrida quando curtia as atrações em um parque de diversões instalado na Avenida dos Italianos, na região do bairro dos Prados, em Itapira.
O grave acidente aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2023, durante uma forte chuva, e causou comoção popular. Saymon permaneceu oito dias internado no Hospital Municipal de Itapira, seis deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para evitar complicações neurológicas.
Apesar de não ter ficado com sequelas mais graves decorrentes do choque elétrico, o período que passou intubado na UTI resultou em fraqueza muscular.
Desde setembro, Saymon tem enfrentado quedas frequentes, que resultaram na fratura do braço esquerdo em quatro situações diferentes.
“Os médicos nos informaram que levaria cerca de um ano para ele se recuperar completamente. Cada vez que ele começa a se recuperar, acaba se machucando novamente. Estamos passando por várias consultas e ele vai fazer academia, também, para fortalecer os músculos“, explica a mãe, Ana Cláudia Ribeiro da Silva, 35.

Apesar disso, a vida de Saymon transcorre sem qualquer resquício de trauma provocado pelo choque. “Ele não desenvolveu nenhum trauma e até visitou outros parques de diversões, embora nós, como pais, fiquemos bem mais apreensivos”, compartilha a mãe
O adolescente conta que, apesar de não ter qualquer lembrança do fatídico dia, sente que somente agora sua vida está ‘voltando ao normal’ totalmente.
“Hoje em dia estou bem melhor. No ano passado, depois de tudo que aconteceu, me sentia muito lento, muito fraco, esquecia muito as coisas. Agora estou melhorando. Só ficou essa fraqueza muscular”, detalha.
- RELEMBRE
No dia do acidente, Saymon foi prontamente socorrido por um agente do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que estava no parque de diversões instalado na Avenida dos Italianos.
O garoto foi encaminhado ao Hospital Municipal, onde foram revertidas duas paradas cardiorrespiratórias em razão do rápido atendimento.
Desde então, a administração do parque tem mantido contato constante com a família, cobrindo todos os custos de exames e consultas. “Agora, com a fraqueza muscular, os médicos recomendaram academia e a direção do parque se ofereceu para pagar”, conta Ana Cláudia.
“A sobrevivência de Saymon é um verdadeiro milagre. É raro que alguém sobreviva a um choque, ainda mais sem sequelas”, reflete a mãe. Saymon passou por avaliações com especialistas em cardiologia e neurologia e todos os profissionais confirmaram a boa saúde e recuperação.