Caique Belli recorreu ao Ministério Público para pedir vacina (Divulgação)
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O agente funerário Caique de Oliveira Belli decidiu recorrer ao Ministério Púbico para conseguir que a categoria à qual pertence seja incluída no público prioritário para aplicação da vacina contra o coronavírus em Itapira.

De acordo com ele, agentes funerários que atuam em empresas privadas de várias cidades da região já foram imunizados. O argumento é que os profissionais circulam em hospitais e necrotérios e estão diretamente expostos ao vírus.

Em uma carta protocolada nesta sexta-feira (26) na Promotoria de Justiça de Itapira, Belli pede a intercessão do Ministério Público para que a Secretaria Municipal de Saúde proceda com a vacinação aos agentes que atuam no município.

“Em uma conversa informal com membros da Prefeitura, argumentaram que a imunização obedece ao calendário definido pela Secretaria Estadual de Saúde e que, apesar da categoria dos agentes funerários ser considerada essencial, não está autorizada a ser imediatamente imunizados”, diz o agente.

Ricardo Juvenal concorda com pleito e fala sobre riscos (Paulo Bellini/ItapiraNews)

O ofício é assinado individualmente por Belli, que enfatiza que sua iniciativa de recorrer ao MP é pessoal e independente das empresas funerárias do município. Ainda assim, na carta o pedido é para que todos os agentes que atuam na cidade sejam vacinados.

Também profissional do setor, Ricardo Juvenal concorda com o pedido. “Por causa do nosso trabalho, circulamos muito em hospitais e necrotérios e temos contato direto com corpos de pessoas que infelizmente acabam falecendo após serem contaminados. É um pedido justo para uma categoria que também está diretamente exposta ao risco”, considerou.

  • OUTRO LADO

A reportagem pediu um posicionamento da Prefeitura sobre a manifestação dos agentes. Em nota, a Divisão de Vigilância Epidemiológica disse que pedirá às funerárias locais que informem quais funcionários têm contato “com cadáveres potencialmente contaminados”.

Segundo a nota, somente os profissionais que manuseiam corpos “potencialmente contaminados fazem parte do público alvo”. A Prefeitura diz ainda que “essa questão dos agentes de funerários já estava em discussão junto à Administração de Cemitérios de Itapira”.

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