Siliano confirma que problema no trecho da rua é bem antigo (Paulo Bellini/ItapiraNews)
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O pedido é antigo, já foi alvo de reportagens publicadas no Itapira News em pelo menos duas ocasiões, mas lamentavelmente nenhuma solução efetiva foi adotada pela Prefeitura de Itapira para colocar fim às reclamações.

Moradores do trecho final da Rua XV de Novembro, entre a Rodovia SP-147 (Itapira-Mogi Mirim) e o cruzamento com a Rua Francisco de Paula Ferraiol, convivem diariamente com o perigo iminente de acidentes, em razão da alta velocidade desenvolvida pelos veículos na via localizada na região do bairro São Vicente.

O professor Luís Antônio Siliano, 45, reside com a família no quarteirão entre a ruas Gusmões e Francisco de Paula Ferraiol e relatou o temor diário vivenciado por todos.

“Os motoristas vêm da rodovia e no início da XV de Novembro não existe nenhum tipo de lombada ou radar. O pessoal desce em uma velocidade de 60, 70 e até 80 quilômetros por hora”, desabafa.

Um buraco existente no asfalto, nas proximidades da Gusmões, dá dimensão maior ao problema, quando motoristas e motociclistas tentam desviar do ‘obstáculo’. “Perdi dois gatos, que foram mortos atropelados, e o vizinho perdeu um cão”, lamenta.

A preocupação é grande também porque no bairro, muito antigo, residem idosos que frequentemente saem para caminhar.

“O medo é pelo atropelamento de crianças e idosos. O fluxo de veículos é intenso demais. Às sextas-feiras, no final da tarde, é muito comum vermos várias ultrapassagens no trecho de mão dupla, com os veículos em altíssima velocidade”, detalha o professor.

Motoristas deixam a rodovia e acessam a via na área urbana em alta velocidade (Paulo Bellini/ItapiraNews)

Siliano conta que a maior parte dos acidentes acontece no cruzamento da XV com a Francisco de Paula Ferraiol, onde segundo explica, a sinalização é bem deficitária. “A sinalização é fraca e não tem a indicação de quem é a responsabilidade de parar. Há mais ou menos um mês, o senhor do bar da esquina foi atravessar a rua e acabou atropelado por uma moto”, recorda.

Desde 2000 o professor reside com a família no local. Ele confirmou que solicitações foram encaminhadas a órgãos da Prefeitura em várias oportunidades, mas sem qualquer êxito.

“Ninguém nos procurou ou veio apontar para alguma solução prática. Nem justificativa deram”, reclama. “Esse acesso da rodovia para a Rua XV de Novembro precisa de uma atenção maior porque acabaremos tendo, inevitavelmente, alguém atropelado aqui mais cedo ou mais tarde”, complementa.

Siliano defende a instalação de duas lombadas no trecho, uma mais próxima ao acesso pela SP-147 e outra nas imediações da esquina com a Francisco de Paula Ferraiol. O problema no local já foi relatado em 2020 e em 2021 pelo Itapira News.

  • OUTRO LADO

A reportagem enviou questionamentos à Assessoria de Comunicação da Prefeitura, na quarta-feira (22), sobre uma possível solução para a alta velocidade desenvolvida por veículos no trecho da XV de Novembro. A resposta foi que a demanda está inserida em um convênio firmado entre Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e administração municipal e ainda aguarda a execução.

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