Ao menos 200 pessoas foram presas em flagrante por envolvimentos nas invasões às sede dos Três Poderes da República registradas na tarde deste domingo (8) em Brasília, que resultaram em depredação e destruição do patrimônio público no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, as equipes de papiloscopistas, peritos criminais e médicos legistas estão em prontidão para atender a situações de flagrante decorrentes da detenção dos suspeitos de cometer atos criminosos na Esplanada dos Ministérios.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), chegou a mencionar que 400 pessoas foram detidas, mas o número não foi confirmado oficialmente. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do Governo do Distrito Federal (GDF).
Segundo o decreto, o prazo da intervenção vai até 31 de janeiro de 2023. “Essa intervenção está limitada à área de segurança pública, com o objetivo de conter o grave comprometimento da ordem pública no DF, marcado pela violência contra prédios públicos”, disse Lula.
Antes de assinar o decreto, o presidente condenou os atos antidemocráticos que tomaram conta da Praça dos Três Poderes e disse ter havido falha de segurança. “Achamos que houve falta de segurança. Queria dizer para vocês que todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas. Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, de livre comunicação e expressão, mas vão exigir que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia”, declarou.
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que montará força-tarefa para cobrar indenizações aos responsáveis pelos danos causados ao patrimônio público nas invasões. O órgão atuará como assistente de acusação em ações penais contra extremistas identificados nas depredações na capital federal e contra agentes públicos coniventes com os atos antidemocráticos.