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O homem que matou a ex-mulher e se matou em seguida na noite da última segunda-feira (3) em Itapira era procurado pela Justiça, segundo apurado junto à Polícia Civil.

Leandro Aparecido Martins de Souza, de 44 anos, foi beneficiado com o indulto natalino, a famosa ‘saidinha’, mas não retornou ao sistema prisional.

Ele tinha sido capturado em 2022 em uma situação de flagrante de receptação, mas também já havia sido condenado em um processo de 2001 por homicídio.

A ‘saidinha’ da cadeia ocorreu em dezembro de 2024 e ele deveria ter retornado à prisão no início de janeiro de 2025. Como isso não aconteceu, ele passou a integrar a lista de foragidos da Justiça.

A soltura temporária, porém, custou caro à sua ex-esposa, Samara dos Santos, de 30 anos, que foi assassinada com um tiro na cabeça dentro de um carro na área rural de Itapira.

Eles tinham três filhos com idades entre um e 10 anos. O mais novinho, inclusive, ficou ferido com um tiro de raspão no braço, enquanto que o do meio também se feriu com coronhadas desferidas pelo homem.

Os três meninos surgiram em uma chácara na região do Machadinho, chorando e pedindo por socorro. Eles foram acolhidos e levados ao Pronto Socorro do Hospital Municipal e não correm risco de morte.

Os corpos de Leandro e Samara estavam nos bancos dianteiros de um GM/Tempra em meio a um canavial. Em um post em uma rede social em março de 2022, ela celebrava o aniversário de 42 anos do companheiro, mencionando que passavam por um momento difícil da vida.

“Te amo e sempre vou te amar até o fim de nossas vidas”, escreveu na legenda de uma foto junto de Leandro. A ocorrência mobilizou equipes da GCM (Guarda Civil Municipal), PM (Polícia Militar), Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Corpo de Bombeiros, além do IC (Instituto de Criminalística).

Os corpos foram removidos pelo Serviço Funerário Itapirense e levados ao IML (Instituto Médico Legal) de Campinas (SP) para exames e posterior liberação às famílias. O caso foi registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Mogi Guaçu (SP).

A reportagem pediu detalhes à SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo sobre o indulto concedido ao autor do crime, como data de início e quando deveria retornar, mas a pasta não forneceu as informações solicitadas e se limitou a informar que o caso foi registrado como feminicídio, lesão corporal e suicídio.

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