Policiais conversaram com representantes do HM
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Policiais conversaram com representantes do HM
Policiais conversaram com representantes do HM

Um bebê de um ano e cinco meses deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Municipal, na tarde de ontem, em estrado grave, depois de supostamente ter ingerido uma pedra de crack. Ela teria encontrado a droga no meio-fio da rua dos Bandeirantes, na Vila Ilze. A criança estava brincando enquanto a mãe, uma mulher de 36 anos, varria a calçada.

Por volta das 16h30 a Polícia Militar foi acionada para comparecer ao Hospital, onde um bebê teria dado entrada com quadro de overdose, inclusive sofrido parada cardiorrespiratória. Lá, ao tomar ciência da situação, cabo Bernardo Gomes e soldado Galvão detiveram a mãe da criança. O bebê permanecia em atendimento emergencial e, segundo informações extraoficiais, a criança havia sofrido convulsões e estava inconsciente. Conforme apurado pela reportagem, uma equipe formada por cinco médicos trabalhava no atendimento e urgência.

Já por volta das 18h30, a informação apurada pela reportagem é de que os médicos haviam conseguido estabilizar o quadro da criança, para que ela fosse transferida para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp (Universidade de Campinas). Uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ficar de prontidão para realizar a transferência. Entretanto, o bebê teria sofrido mais uma parada cardiorrespiratória, com os médicos conseguindo reanimá-la alguns minutos depois. A criança permanecia respirando por aparelhos, em estado grave. A transferência ocorreu às 20h10, sem outros problemas.

Pouco depois da detenção da mulher, familiares dela e do bebê chegaram ao Pronto Socorro. O clima chegou a ficar tenso, e a Polícia Militar solicitou apoio de outras viaturas. A Guarda Municipal também esteve no local. A mulher foi levada à Delegacia, onde permaneceu detida até o fim da elaboração da ocorrência, sendo liberada pelo delegado-titular Fernando Zucarelli Pinto. Ele chegou a ir até o Hospital e conversou com médicos. Acompanhado de investigadores, também foi até o local onde a criança teria encontrado a pedra, e constatou vestígio de uso de drogas.

Viaturas em frente ao Pronto Socorro : estado da criança é grave
Viaturas em frente ao Pronto Socorro : estado da criança é grave

Em depoimento, a mãe do bebê disse que percebeu quando a criança começou a mastigar algo. Apesar das suspeitas de que a criança havia engolido a pedra, ela afirmou ter enfiado o dedo na boca da criança e conseguido tirar o objeto, constatando então que se tratava de uma pedra de crack.

A mulher afirmou que não é usuária da droga. Em seguida, o bebê teria começado a passar mal, sofrendo convulsões. A mãe afirmou que chegou a acionar a ambulância, mas antes da chegada do socorro, conseguiu carona com uma pessoa não identificada, que a deixou no Hospital Municipal. O diretor-clínico do Hospital Municipal, o médico Luis Otávio Barros Vieira, participava do atendimento ao bebê. Ele também deveria acompanhar a transferência até o HC da Unicamp. A reportagem tentou conversar com o médico, que informou que só poderia falar com a imprensa depois de finalizar o atendimento.

INQUÉRITO

A Polícia Civil pretende solicitar ao Hospital Municipal os resultados dos exames de sangue do bebê. O delegado Fernando Zucarelli Pinto informou que vai instaurar inquérito para acompanhar o caso. Ele não descartou a suspeita de que a criança realmente tenha ingerido a droga, mas ponderou que é preciso aguardar os laudos. “Vamos apurar tudo. A princípio pode ter realmente ocorrido a ingestão da droga”, comentou.

Ele informou que a mãe da criança não possui antecedentes criminais, bem como tem outros filhos. O Conselho Tutelar também acompanha o caso.

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