O bebê de um ano e cinco meses, falecido na semana passada vítima de complicações após supostamente ter ingerido uma pedra de crack, foi sepultado na tarde de ontem em Mogi Mirim.
O enterro aconteceu quase uma semana após a morte cerebral do garoto G. H. P. S. ser diagnosticada pelo Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas, para onde a criança foi transferida em estado grave na noite do dia 13, depois de dar entrada no Pronto-Socorro do Hospital Municipal com sintomas de overdose, em quadro que envolvia convulsões e paradas cardiorrespiratórias.
Conforme apurou a reportagem, o corpo do menino foi velado durante aproximadamente três horas antes de ser sepultado, às 17h00, no Cemitério Municipal de Mogi Mirim, onde residem familiares da criança.
A demora na liberação do corpo ocorreu devido a procedimentos necessários após a morte do bebê, como exames de autópsia que devem determinar as causas da morte. Após a divulgação da morte cerebral do bebê, feita pela Unicamp na manhã do dia 22, o corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Cemitério dos Amarais, ainda em Campinas, sendo liberado somente na manhã de ontem, às 10h00, ao serviço funerário.
Tão logo o bebê deu entrada no Hospital Municipal de Itapira, a Polícia Militar foi acionada. A mãe do menino, V. L. R., 33, chegou a ser detida e levada à Delegacia, mas foi liberada após prestar depoimento. Ela informou que a criança achou uma pequena porção da droga enquanto brincava na calçada, em frente à sua casa, na Rua dos Bandeirantes, Vila Ilze. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, que também segue sob o acompanhamento do Conselho Tutelar de Itapira.