Cabo Leandro Augusto e sargento Fernando Costa: calor é período propício para ocorrências de afogamento (ItapiraNews)
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O verão começa somente dia 22, mas o calor escaldante que domina os termômetros de boa parte do país ainda na primavera remete para uma preocupação constante.

As ocorrências de afogamento aumentam muito nos períodos mais quentes do ano, principalmente entre dezembro e março, e o alerta para a necessidade da prevenção não fica restrito exclusivamente aos frequentadores de rios e lagos, mas também das piscinas.

Basta um descuido no quesito segurança para a tragédia se consolidar.  Em razão dos inúmeros riscos existentes, a orientação prioritária é evitar a todo custo nadar em rios, lagos e córregos.

“Quem nada em um córrego, por exemplo, não conhece a profundidade, se debaixo d’água existe pedra ou mesmo um enrosco. Sem contar a correnteza e outras situações bem perigosas”, explica o sargento Fernando Costa, comandante da Estação do Corpo de Bombeiros de Itapira.

Os números referentes a este tipo de acidente são assustadores. O Relatório Brasil Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), com dados atualizados de 2023, destaca que o afogamento é a principal causa da morte entre crianças de 1 a 4 anos, a terceira na faixa de 5 a 9 anos e a quarta entre 10 e 24 anos.

A entidade pontua ainda que o afogamento possui risco de morte 200 vezes maior do que o trânsito e 70% dos óbitos acontecem em água doce. O sargento chamou a atenção para outra estatística oficial que reforça a preocupação com o lazer nas águas: em 2022 foram 3,1 mil ocorrências envolvendo afogamentos, o que representou crescimento de 11,7% na comparação com 2021.

Cabo Leandro Augusto e sargento Fernando Costa: orientações para evitar os afogamentos (ItapiraNews)

Cabo Leandro Augusto dos Santos, educador do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros, lembra que em Itapira e região as áreas de lazer de maior perigo são lagoas e represas. Porém reitera que os afogamentos não ficam restritos a esses locais e podem sim acontecer dentro de casa, principalmente com as crianças.

Citou inclusive o caso de um bebê que perdeu a vida ao se debruçar sobre um balde cheio d’água e alertou que privadas e banheiras também expõem enorme risco. “E quem tem criança precisa cerca ou cobrir a piscina da residência”, sugere.

  • OLHO VIVO

Mesmo crianças que saibam nadar precisam ser monitoradas a todo momento quando estiverem na água. “O foco dos pais ou cuidadores deve estar 100% voltado às crianças. Na piscina o adulto deve manter distância de um braço, mesmo que a criança saiba nadar”, ensina o sargento.

Os pais devem ficar atentos ainda aos equipamentos de segurança, como boias e ‘macarrões’, que podem oferecer certa confiança exagerada aos pequenos. “É a falsa sensação de segurança. O ideal é o adulto estar dentro da piscina junto ou a criança utilizar o colete, que é bem mais seguro”, confirma Costa.

  • BOMBEIRO NA ESCOLA

O Corpo de Bombeiros mantém um programa educacional denominado Bombeiro na Escola, que entre vários temas trabalha a prevenção ao afogamento. A iniciativa busca conscientizar as crianças, para que se tornem multiplicadoras das informações junto às famílias e sociedade.

“Trabalhamos os cuidados que devem ser tomados nas lagoas, córregos, piscinas e também com brincadeiras de mau gosto nesses locais”, detalha cabo Leandro Augusto. “A orientação é sempre no sentido de procurar pelas piscinas dos clubes, que possuem guarda-vidas e são bem mais seguras”, ressalta.

As praias fazem parte dos ensinamentos, já que as férias no litoral são bem frequentes no período de verão. “A regra geral é água no umbigo, sinal de perigo. É o alerta que os bombeiros fazem”, frisa, destacando situações referentes à irregularidade do terreno, ondas, correntes de retorno e outras situações.

Desde que a Estação do Corpo de Bombeiros iniciou a operação em Itapira, em julho neste ano, não foram registrados chamados para atendimento de ocorrências de afogamento. “Mas a probabilidade é maior entre dezembro e o final de março”, antecipa.

Como Prevenir Afogamentos

  • Os afogamentos podem ocorrer em rios, mares, lagos, banheiras, baldes e piscinas. Por isso devemos ter algumas medidas para manter a segurança.
  • Cuidado com as boias. Elas podem furar ou virar.
  • Não se deve entrar no mar se tiver feito uso de álcool.
  • Avise o guarda-vidas sobre qualquer perigo ou acidente.
  • Se possível, arremessar objetos flutuantes ou usar corda/cabo para retirar a vítima.
  • Ligue para os bombeiros em caso de acidentes. Tentar salvar alguém pode colocar sua vida em risco.
  • Não entre em locais com correnteza.
  • Em embarcações usar sempre colete.
  • Nunca deixe a água passar da altura dos joelhos
  • Cuidado com as vegetações no fundo.
  • Crianças devem ser supervisionadas quando estiverem em rios, piscinas, mar e afins.
  • Usar portões e grades para proteger as crianças de piscinas e locais com água e baldes.

Fonte: Programa Bombeiro na Escola

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