A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada pela Câmara Municipal de Itapira, que apura possíveis irregularidades cometidas pela vereadora Maísa Fernandes (PSD) na gravação de conversas clandestinas com colegas do Legislativo, está prorrogada por mais 30 dias a partir da próxima segunda-feira (14).
Um requerimento especial solicitando a extensão dos trabalhos foi aprovado por unanimidade na sessão de quinta-feira (10) – somente Maísa e Carlos Briza (PP) não estavam presentes.
‘A medida se faz necessária uma vez que os trabalhos não conseguiram ser finalizados dentro do prazo estipulado, sendo que ainda há pessoas a serem ouvidas e diligências a serem realizadas’, pontua o documento assinado pelos três integrantes da comissão, os vereadores governistas Luan Rostirolla (PSD), Fábio Galvão dos Santos (PSD) e André Siqueira (MDB).
O pedido atesta ainda que ‘para que esta Comissão Parlamentar de Inquérito possa efetivar a sua missão constitucional e apresentar resultados concretos à sociedade, requeremos a ampliação do lapso temporal inicialmente instituído, por mais 30 dias’.
Os trabalhos da comissão começaram oficialmente no dia 13 de agosto, com dois meses para conclusão. A CPI apura possíveis irregularidades cometidas por Maísa, que assumiu a gravação clandestina de conversas com vereadores da ala governista e outros atores da política local.
Diversos trechos das gravações foram distribuídos em aplicativos de mensagens e redes sociais, revelando supostas negociações envolvendo distribuições de verbas, cobranças de favores e aparelhamento de secretarias municipais, por exemplo.
O depoimento da vereadora estava agendado para quarta-feira (9), mas foi adiado após o acidente sofrido pela parlamentar um dia antes, quando o carro que dirigia capotou na Rodovia SPI-177/342 – a antiga vicinal entre Itapira e Mogi Guaçu.