A coleta de dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi prorrogada mais uma vez e avançará para o mês de fevereiro.
A informação foi confirmada na manhã de terça-feira (31), pela coordenadora de área da Região de Mogi Mirim do órgão federal, Cynthya Antinori Nóbrega.
“Prorrogamos até o final de fevereiro. Os dados oficiais serão divulgados em abril”, adiantou. A previsão inicial era fechar todo procedimento no fim de dezembro de 2022, mas o elevado índice de ausências e recusas dos moradores impediu o encerramento do serviço.
Após duas prorrogações seguidas, o novo prazo para conclusão do recenseamento ficou para 28 de fevereiro. “Estamos revendo alguns setores e passando por algumas casas”, explicou Cynthya. A coordenadora disse que as entrevistas ocorrem tanto pelas ligações direcionadas ao número disponibilizado pelo instituto quanto de forma presencial.
Os moradores ainda não recenseados podem contatar o IBGE pelo 137 e responder o questionário. Neste caso é preciso informar o endereço completo para identificação. A ligação é gratuita e o serviço funciona todos os dias, inclusive aos finais de semana, das 8h00 às 21h30.
Com poucos recenseadores ativos na cidade, a solução para agilizar o trabalho foi apelar para a colaboração de profissionais de cidades vizinhas.
“Estamos fazendo o possível”, reiterou Cynthya, reforçando que o 137 e também o 0800.721.8181 são os principais canais para contato. “Está com alguma demora, mas estamos retornando por telefone em todos os casos.”
Em Itapira também foi disponibilizado um número exclusivo para agendamento das entrevistas pelo WhatsApp: (19) 9.8702.4287.
- POLÊMICA
No início do ano, a Prefeitura contestou judicialmente a prévia populacional divulgada na última semana de 2022. Com base nos questionários do Censo 2022 respondidos até o dia 25 de dezembro, a população itapirense foi totalizada em 70.438 habitantes.
O resultado ficou bem abaixo das 75.683 pessoas divulgadas na estimativa da contagem populacional apresentada em 2021, o que representaria queda substancial nos repasses governamentais na ordem de R$ 8 milhões.
A administração municipal conseguiu então suspender na Justiça os efeitos de uma norma do TCU (Tribunal de Contas da União) que considerava a prévia do Censo do IBGE como base para calcular os repasses financeiros do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
Mais recentemente, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, determinou que a distribuição dos recursos do FPM deste ano tenha como patamar mínimo os coeficientes utilizados no exercício de 2018.