O populoso bairro do Cubatão é a região que concentra maior número de casos de dengue em Itapira neste ano. Ao todo, a atual epidemia já resultou em 712 contaminações na área, conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta semana.
O levantamento apontou que, de janeiro até a última terça-feira (11), o município já contabilizou 9.861 contaminações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Uma morte já foi confirmada e há outras três em investigação.
O Jardim Magali, com 541 casos; Jardim Raquel com 460 e Vila Ilze com 422 registros positivos completam o ranking das cinco regiões mais afetadas pela doença no município.
Porém, as contaminações se espalharam por toda a cidade, inclusive na área rural – o bairro do Tanquinho, por exemplo, tinha 36 casos confirmados até a última terça-feira (11). Mas é na zona urbana que os números chamam mais a atenção.
Localidades com a Vila Penha do Rio do Peixe, José Tonolli e Istor Luppi também somam quase 400 casos cada, ainda conforme o último levantamento. Na Santa Cruz, no Centro, na Vila Izaura e no Flávio Zacchi os números compilados giram, entre 231 e 300 casos por área.
O boletim completo com o detalhamento dos casos por área da cidade pode ser consultado aqui. Segundo a Prefeitura, as todas as regiões afetadas recebem ações de controle como busca ativa, bloqueio de criadouros e nebulização.
- EPIDEMIA
Itapira vive uma epidemia de dengue sem precedentes, com altíssimo número de casos da doença confirmados toda semana no boletim publicado pela Prefeitura.
Em abril, a Divisão de Vigilância Epidemiológica disse que o vírus DENV-2 foi identificado na cidade, fato que pode explicar o grande volume de contaminações, já quem as pessoas que contraíram o vírus DENV-1 também podem ter nova infecção com um tipo diferente circulando.
“Na nossa região, as cidades vizinhas já haviam isolado o vírus DENV-1, que provavelmente também circula em Itapira. Porém, com o DENV-2, as mesmas pessoas que já tiveram a DENV-1 podem contrair a doença novamente. Ao mesmo tempo, aqueles que não tiveram nenhum tipo, estão sujeitos aos dois vírus”, disse, na época, a chefe da Vigilância Epidemiológica, Josimary Apolinário Cipola.
Embora os índices de contaminações ainda estejam bem elevados, o saldo da última semana epidemiológica foi o menor desde março, com o acréscimo de 438 novas positivações.
Até o momento já são 12.881 notificações, com 3.020 casos descartados na cidade. Três pacientes estão internados e um óbito em decorrência da doença já foi confirmado no município – outros sete continuam em investigação.