Objetos mal acondicionados ou deixados ao ar livre podem virar foco de reprodução do mosquito por conta do acúmulo de água parada (Instituto Butantan/Governo de SP)
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A proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya, é favorecida pelas condições climáticas, urbanização desordenada e ausência de saneamento básico adequado no Brasil. 

Com registro em mais de 90% dos municípios, segundo o Ministério da Saúde, o mosquito ampliou sua presença de áreas litorâneas para todo o território nacional.

Até novembro de 2024, o Brasil alcançou um recorde de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e mais de 265 mil de chikungunya, superando os números do ano anterior. 

Combater os criadouros, responsáveis por 75% das larvas dentro das casas, é a forma mais eficiente de interromper o ciclo reprodutivo do mosquito. Bastam dez minutos semanais para inspecionar e eliminar potenciais criadouros.

O Aedes aegypti deposita ovos em superfícies próximas à água parada. Esses ovos podem sobreviver por mais de um ano em ambiente seco e eclodem rapidamente ao contato com a água, completando o ciclo de transformação em apenas sete dias.

Na fase adulta, o mosquito vive até 45 dias e pica durante o dia. Apenas as fêmeas picam humanos, buscando sangue para maturar os ovos. Se infectadas, transmitem o vírus da dengue.

Os sintomas da doença surgem cerca de cinco dias após a picada e incluem febre, dor muscular e abdominal, vômitos e sangramentos. Casos graves exigem atendimento médico imediato.

Confira 11 dicas para colocar em prática já e deixar sua residência livre do Aedes aegypti:
  1. Vedação de reservatórios: Mantenha caixas d’água, cisternas e tonéis tampados e instale telas nas saídas do ladrão.
  2. Lixo protegido: Feche sacos de lixo e tampe as lixeiras. Mantenha os resíduos em locais elevados e protegidos.
  3. Pratinhos de plantas: Elimine pratinhos desnecessários ou preencha-os com areia.
  4. Descarte consciente: Retire objetos inservíveis que acumulam água, como garrafas e potes.
  5. Calhas limpas: Remova folhas e sujeiras que bloqueiam o escoamento da água.
  6. Ralos e sanitários: Mantenha ralos limpos e instalados com telas; tampe sanitários pouco usados.
  7. Bandejas de eletrodomésticos: Limpe e seque recipientes de ar-condicionado e geladeira.
  8. Potes de água para animais: Lave bem e esfregue potes e utensílios usados para armazenar água.
  9. Utensílios invertidos: Guarde baldes e recipientes com a boca para baixo.
  10. Lonas esticadas: Evite que lonas acumulem poças d’água.
  11. Manutenção de piscinas: Realize a limpeza semanal e a cloração da água.
Prevenção adicional:
  • Instale telas em janelas, portas e use mosquiteiros.
  • Vista roupas claras que cubram o corpo e aplique repelente na pele exposta. 
  • Aplique repelente na parte da pele que ficar exposta e, também, por cima da própria roupa
  • Orientações sobre repelente: Grávidas estão liberadas para usar o produto, desde que esteja registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Já os menores de 2 anos não podem usar repelentes à base de DEET; para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração da substância não pode ultrapassar os 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia.
Uso de repelente é essencial para evitar a picada do Aedes, pois o mosquito costuma ser mais ativo durante o dia (Instituto Butantan/Governo de SP)

Vacinação: nova estratégia contra a dengue

Em 2024, o Ministério da Saúde iniciou a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em municípios com alta incidência do vírus. O esquema prevê duas doses com intervalo de três meses.

O Instituto Butantan também desenvolve um imunizante em dose única para os quatro tipos de vírus, que aguarda aprovação final pela Anvisa. A expectativa é de que esteja disponível para toda a população em breve.

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