Um indivíduo de 43 anos de idade foi preso em flagrante na tarde desta quarta-feira (31) durante uma operação da Polícia Civil em Itapira, acusado de tráfico de drogas.
A configuração do crime, porém, fugiu um pouco aos ‘padrões’ do cotidiano policial: segundo os investigadores, ele criou um sistema de ‘delivery de entorpecentes’, recebendo encomendas e saindo para fazer as entregas em domicílio diretamente aos ‘consumidores finais’.
Como se não bastasse, a casa em que ele foi preso, na Rua Pedro Gomes de Oliveira, fica a 200 metros em linha reta da Delegacia de Polícia, na Rua Duque de Caxias. Com ele, a equipe do SIG (Serviço de Investigações Gerais) apreendeu 1.070 flaconetes de cocaína e 23 pedras da mesma droga, além de R$ 422,00 em dinheiro.
Conforme apurado, os indivíduo que já possui passagens anteriores por tráfico passou a ser monitorado após levantamento de informações pela equipe de investigadores. Os policiais passaram a fazer campanhas e constataram intensa movimentação do investigado em diversos horários.
A abordagem aconteceu quando o acusado deixava a casa, provavelmente para mais uma ‘entrega’. Com ele os investigadores Lígia, Eduardo e Eloy encontraram uma pedra de cocaína e, inicialmente, ele negou que estivesse vendendo drogas.
Porém, na revista ao imóvel, os policiais localizaram diversos potes que guardavam os entorpecentes escondidos em um armário no quarto dele. Segundo a Polícia Civil, vendo que sua situação havia se complicado, o acusado ainda tentou subornar os investigadores, inicialmente oferecendo a quantia de R$ 10 mil e, em seguida, chegando a mencionar o valor de R$ 100 mil.
Com isso, além do crime de tráfico de drogas, ele também foi autuado pelo delegado Anderson Cassimiro de Lima por corrupção passiva depois de ser conduzido à Delegacia de Polícia.
O homem foi recolhido à UDTE (Unidade de Detenção, Triagem e Encaminhamento) e permaneceu à disposição da Justiça. Uma motocicleta que era utilizada por ele também foi apreendida.
“É um caso que foge ao que a gente está acostumado a ver na maioria das situações, até pelo local em que ele armazenava as drogas, em uma casa próxima da Delegacia de Polícia. Tudo isso denota um modelo diferente de ação e por ele ter oferecido dinheiro aos policiais também acrescenta uma nova qualificação para responder além do tráfico, que é a de corrupção passiva”, disse o delegado.