Unidas pelo basquete feminino, ex-atletas fortalecem os laços de amizade (Paulo Bellini/ItapiraNews)
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Ex-jogadoras de várias gerações do basquete feminino de Itapira se organizaram para matar a saudade em um animadíssimo encontro na tarde de sábado (17).

Depois de quase duas décadas desde a primeira confraternização, elas voltaram a manter contato pessoalmente em uma reunião dominada por ótimas lembranças, gargalhadas e, acima de tudo, o fortalecimento dos laços de união estabelecidos desde os tempos de treinamentos e jogos.

Todas corriqueiramente se comunicam por meio das trocas de mensagens no grupo de WhatsApp que congrega atualmente 45 membros. A ideia é incorporar mais componentes que um dia já defenderam a camisa do basquete feminino itapirense e, claro, tornar os encontros bem mais frequentes.

Hoje mães e algumas delas inclusive avós, muitas não puderam comparecer em razão de compromissos pessoais assumidos anteriormente. Mas a reunião mobilizou 14 ex-atletas que jogaram entre 1977 até a década de 90, em um clima tomado por completa nostalgia.

Marcaram presença Cláudia Soares, Patrícia Soares, Daniela Tenório, Selma Bueno, Regiane Ramos, Maria Eduarda da Silva Santos, Kátia Galizoni Brandão, Nilce Coraça, Fernanda Benedito, Cristiane Paschoalin, Adriana Ravagnani Rodrigues, Giovana Maniezo de Souza, Cláudia Godoi Ranzatto e Clarete Simão de Moraes.

Muitas risadas em confraternização marcada pela nostalgia: meta agora é reunir mais gente (Paulo Bellini/ItapiraNews)

“Nossa relação vem desde a infância e no basquete vivenciamos juntas nossa adolescência até a nossa fase adulta. A maioria se tornou mamães maravilhosas”, conta Maria Eduarda da Silva Santos, 51, que iniciou no basquete com apenas 7 anos de idade.

Ela fez questão de agradecer tudo aquilo que o basquete proporcionou para sua formação, “porque ele me tornou a mulher e mãe que hoje sou”. Fez menção ainda aos vários momentos felizes vivenciados e outros mais tristes, como as perdas das companheiras Juciléia, Isabela, Vânia e Katuscha.

  • UNIÃO FORTALECIDA

Nilce Coraça deu os primeiros passos na modalidade aos 7 anos, em 1979, na categoria pré-mirim dirigida pelo técnico Paulo César Paulino. “Depois também tivemos os técnicos Gildo (Piardi) e Flávio (Chiavelli Figueiredo), que nos ensinaram valores essenciais como disciplina, amizade, dedicação, respeito em equipe e persistência em busca de patrocínio em uma época desafiadora. Jogávamos com amor e garra, vontade de ganhar”, destaca.

Segundo Nilce, todas estão engajadas em buscar novos encontros com mais jogadoras, “mantendo viva a alegria, as memórias e também compartilhando as novidades da família e da vida”.

Geração vitoriosa do basquete itapirense na década de 90 (Divulgação)

Katia Galizoni, 53, começou no basquete em 1977, ao lado de jogadoras, como Bira, Susana Coradi, Sandra, Cláudia e Flávia Galizoni, Rio Avanzi, Cilene Sabadini, Emília, Mônica Martelli, Selma Sartori e muitas outras. “Elas foram minha inspiração”, garante. Parou de treinar em 1987, quando iniciou a faculdade em período integral.

Atual presidente da Associação Pétalas de Rosas, Kátia chamou a atenção para o espírito de união que sempre congregou as diferentes gerações do basquete feminino itapirense.

“Sou monocular, o que me trazia muitas dificuldades, mas no basquete nunca foi um problema. Ali fui tratada como igual. Nunca fui marginalizada. Sempre trabalhamos juntas, choramos, sofremos e tivemos muitas alegrias, sem discriminação de cor, raça, gênero ou nível social. Éramos todas iguais e tínhamos o mesmo objetivo”, frisa, ressaltando amizades firmadas há mais de 40 anos e atualmente mantidas com muito amor e carinho. “Relembrar lindos fatos passados são como mexer em um ramalhete: sempre exala um aroma suave de delícias vividas”, complementa.

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