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O Estado de São Paulo registrou um aumento de 139% nos atendimentos ambulatoriais provocados por acidentes envolvendo linhas de pipas com cerol.

Os dados se referem à contabilização de 1.326 casos somente entre janeiro e maio deste ano e comparados ao mesmo período do ano passado, quando foram 555 atendimentos da mesma natureza.

O aumento fez com que a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitisse um alerta para o perigo do cerol utilizado nas pipas, que põe em risco principalmente motociclistas, ciclistas e pedestres.

O artefato, feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode causar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes.

O perigo costuma atingir também as crianças, que por vezes estão expostas brincando na rua e podem não perceber a linha, ou ao identificar uma pipa enroscada em rede elétrica, podem tentar se aproximar para retirá-la causando lesões por queimadura elétrica.

O período de férias escolares requer maior atenção e orientação de pais, alertando sobre a não utilização desses artefatos, visando evitar tais incidentes. Para motociclistas, quando atingidos pelo cerol, com influência da velocidade do vento e do deslocamento, o ferimento pode ser ainda mais grave e profundo.

São inúmeros os riscos, como hemorragia, ao lesionar vasos importantes; insuficiência respiratória aguda, ao lesionar a traqueia; e cegueira, quando ocorre o trauma ocular.

Tão perigosa quanto o cerol, é a linha chilena, também utilizada erroneamente para soltar pipas. O artefato leva à sua composição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes.

A prática, além de trazer o risco de cortes profundos, pode induzir choques, curto-circuitos e danificar a fiação se entrar em contato com redes elétricas. Vale ressaltar que o cerol e demais linhas cortantes são proibidas no estado, incluindo o uso, fabricação e a comercialização do produto.

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