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A expectativa de vida ao nascer no Brasil alcançou 76,4 anos em 2023, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29). 

O aumento foi de 0,9 ano em relação a 2022, quando o índice era de 75,5 anos. Os dados mostram ainda que, as expectativas de vida no país, para quem nasceu em 2023, são de 79,7 anos para as mulheres e de 73,1 anos para os homens.

O levantamento faz parte das Tábuas de Mortalidade, com data de referência em 1º de julho, e fornece estimativas detalhadas até os 80 anos, permitindo análises sobre níveis e padrões de mortalidade no país. 

Além disso, esses dados são utilizados no cálculo do fator previdenciário para determinar valores de aposentadorias pelo Regime Geral de Previdência Social.

A pandemia de covid-19 causou uma queda significativa na esperança de vida. Em 2020, o índice caiu para 74,8 anos e, em 2021, recuou ainda mais, chegando a 72,8 anos. 

A recuperação começou em 2022, com a expectativa subindo para 75,4 anos, e em 2023 ultrapassou os níveis de 2019, quando era de 76,2 anos.

De acordo com as projeções do IBGE para as próximas décadas, a expectativa de vida deve chegar a 77,8 anos em 2030, a 79,7 anos em 2040, a 81,3 anos em 2050, a 82,7 anos em 2060 e a 83,9 anos em 2070.

Para as mulheres, as projeções são de 81 anos em 2030, 82,6 anos em 2040, 84 anos em 2050, 85,2 anos em 2060 e 86,1 anos em 2070. Para os homens, as estimativas seriam de 74,6 anos em 2030, 76,7 anos em 2040, 78,6 anos em 2050, 80,2 anos em 2060 e 81,7 anos em 2070.

A pesquisadora do IBGE, Cíntia Agostinho, destacou que, após o impacto da pandemia, o país voltou a registrar uma tendência de aumento gradual na expectativa de vida e redução das disparidades entre homens e mulheres. “Esse movimento reflete, entre outros fatores, a diminuição dos óbitos por causas externas”, afirmou.

O aumento da expectativa de vida, associada à redução da taxa de fecundidade, leva a um envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, a proporção de idosos (com 60 anos ou mais) no país passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023. Em 2070, espera-se que 37,8% dos habitantes do país sejam idosos, ou seja, mais do que o dobro de hoje.

A taxa de mortalidade infantil também apresentou queda expressiva. Em 2000, era de 28,1 óbitos por mil nascidos vivos e passou para 12,4 por mil em 2022. A projeção para 2070 é de 5,8 por mil nascidos vivos, com ligeiras diferenças entre meninos (6,1) e meninas (5,4).

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