Após 13 dias de paralisação, o Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza) decidiu suspender a greve iniciada no dia 8 de agosto e que mobilizou 65% dos professores da Etec (Escola Técnica Estadual) ‘João Maria Stevanatto’, em Itapira.
A medida foi aprovada na tarde desta segunda-feira (21), durante uma assembleia da entidade sindical. No entanto, a categoria decidiu manter o ‘estado de greve’, o que significa que as atividades de mobilização junto à comunidade e outras ações em defesa das reivindicações continuarão a ocorrer.
Com a suspensão da greve, as aulas na unidade itapirense da Etec foram retomadas nesta terça-feira (22). Na escola, 33 dos 51 profissionais do corpo docente aderiram à paralisação. Vale ressaltar que a greve não afetou os funcionários do setor administrativo.
“Durante o estado de greve continuaremos em busca de apoio político, para que eles lutem e apoiem nossas reinvidicações. Continuaremos com as análises em cima do que foi apresentado como diretrizes para o plano de carreira”, explicou o professor de química e representante do comitê de greve na cidade, Alex Oliveira, 37.
Agora, o foco da direção da escola é repor as aulas que não foram dadas no período. “Ainda não temos o calendário definido, estamos aguardando as instruções do Centro Paula Souza”, explicou a diretora da Etec de Itapira, Camila Mattielo.
Ao longo das últimas semanas, o comitê de greve em Itapira conduziu o movimento que incluiu diversas ações de concentração e diálogo com a população para fortalecer as reivindicações dos grevistas.
“Estamos deixando claro ao Centro Paula Souza e ao governo que voltamos, sim, estamos dando um voto de confiança neste momento, mas aguardamos por conquistas em relação à nossa pauta. Esperamos que negociações sejam feitas”, finalizou Oliveira.
As reivindicações da categoria, conforme destacadas pelo Sinteps, incluem o fim do arrocho salarial, pagamento imediato do Bônus Resultado, revisão da carreira e atendimento das demandas da categoria, bem como defesa das escolas do Centro Paula Souza.
Os trabalhadores também apontaram problemas como o desmonte da educação técnica e tecnológica pública, falta de diálogo e negociação por parte do Governo do Estado, condições precárias de trabalho e desvalorização salarial.