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Um ano e quatro meses após o término oficial da pandemia de Covid-19, decretado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil volta a registrar aumento de casos da doença, especialmente nos estados de São Paulo e Goiás.

Os dados foram divulgados no boletim InfoGripe, da Fiocruz, na última quinta-feira (5), com base no período de 25 a 31 de agosto. O documento destaca que a elevação dos casos está diretamente ligada à incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

A Fiocruz expressa maior preocupação em relação ao estado de São Paulo, devido à intensa movimentação de pessoas que transitam pela região e se deslocam para outras partes do país, o que pode facilitar a disseminação do vírus.

Os especialistas alertam que São Paulo pode se tornar um epicentro de propagação da Covid-19, e reforçam a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para pessoas dos grupos de risco.

“Em caso de sintomas, o recomendado é o isolamento domiciliar, inclusive para crianças e adolescentes. Com o aumento de casos de rinovírus nessa faixa etária, se apresentarem sintomas gripais, a orientação é não frequentar a escola. Se o isolamento não for possível, o uso de máscara é fundamental. E, diante da piora dos sintomas, é crucial buscar atendimento médico”, afirmou Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe.

Prevalência de casos positivos nas últimas quatro semanas epidemiológicas
Vírus
Prevalência (%)
Sars-CoV-2 (Covid-19)
28,4%
Influenza A
12,4%
Influenza B
2,6%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
11,3%

O boletim também ressalta a alta de casos de SRAG por rinovírus, especialmente nas regiões Nordeste, Centro-Sul e Norte do Brasil. Entre as principais causas de internações e óbitos em crianças de até dois anos, permanecem o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus.

Em 2024, foram notificados 123.082 casos de SRAG, sendo 59.410 (48,3%) positivos para algum vírus respiratório, 49.377 (40,1%) negativos e 7.692 (6,2%) ainda aguardando resultados laboratoriais. Dentre os positivos, 18,7% foram de influenza A, 0,6% de influenza B, 41,6% de VSR e 18% de Sars-CoV-2.

Até o momento, foram registrados 7.370 óbitos, dos quais 3.844 (52,2%) tiveram resultado positivo para vírus respiratório, 2.909 (39,5%) negativos e 152 (2,1%) ainda aguardam resultados laboratoriais. Entre os óbitos positivos, 30,2% foram causados por influenza A, 0,8% por influenza B, 10,3% por VSR e 50,8% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

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