O médico-veterinário do Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Rodrigo Bertini, dirigiu a palestra ‘Febre Maculosa Brasileira’ para um grupo de 29 funcionários do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) de Itapira.
A explanação durou cerca de 90 minutos e aconteceu na manhã de sexta-feira (18), na própria sede da autarquia. A ação foi organizada pelo setor de Segurança do Trabalho do Saae, com o apoio da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
A palestra foi direcionada principalmente aos colaboradores que mantêm contato direto com áreas de mata, onde é maior a possibilidade da presença do carrapato-estrela – agente transmissor da doença.
“Em regiões com presença de capivaras, equídeos e outros animais podem existir carrapatos, o que possibilita o parasitismo dos trabalhadores e a transmissão da febre maculosa brasileira”, advertiu Bertini.
Com utilização de equipamento audiovisual, o veterinário apresentou informações atualizadas sobre a doença e a biologia dos transmissores. Ao final foi exibido um vídeo que abordou a Vigilância Epidemiológica e Ambiental da febre maculosa brasileira.
Bertini detalhou também questões sobre período de incubação da febre maculosa, métodos de prevenção e o que fazer quando os sintomas aparecem após a constatação do parasitismo por carrapatos.
“No tocante ao controle de carrapatos, foram demonstradas algumas espécies envolvidas na transmissão da doença para as pessoas, bem como o ciclo biológico e as diferenças entre as fases de vida do vetor, deixando claro que fases jovens são as que mais transmitem a doença ao homem, quando do parasitismo”, lembrou.
A explanação ainda deu ênfase às capivaras, conhecidamente animais amplificadores dos vetores e do agente etiológico da doença. “A palestra foi muito abrangente, gerando grande quantidade de perguntas”, completou o veterinário.
- CUIDADOS
Conforme explicou o técnico em segurança do trabalho do Saae, Ivan Leite, o objetivo foi orientar os servidores que realizam atividades em matas e locais onde existem o agente transmissor.
“É muito importante realizar essas campanhas de orientação para reduzir ou até mesmo eliminar a contaminação pela doença, especialmente quando há necessidade de realização de atividades em locais com vegetação”, avaliou o presidente da autarquia, Carlos Vitório Boretti de Ornellas.
