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Morando em Itapira há 25 anos, o aposentado Miguel Azevedo de Gois, 76, criou raízes na cidade ao lado do ipê amarelo que cultiva defronte sua casa na Avenida Getúlio Vargas, na região do Jardim Santa Marta.
Ele cuida da belíssima árvore desde que se mudou de Guarulhos (SP) para o município itapirense em 1999 junto da esposa Julieta Maria Araújo de Gois, 74, e o filho Perison Henrique Gois, de 38 anos.
Natural de Caicó, no Rio Grande do Norte, Miguel se estabeleceu em Itapira após receber uma proposta de trabalho. Aqui na cidade ele e a esposa ganharam também uma netinha.
Ao adquirir o terreno onde construiu sua casa, o aposentado encontrou uma pequena muda de ipê, que por muito pouco não foi arrancada durante as obras.
“O pedreiro queria tirar o ipê porque ele estava bem onde seria o muro da casa. Eu disse a ele: ‘não, rapaz, construa o muro mais para trás, mas deixe o ipê onde está'”, lembra Miguel.
Depois de ser ‘salva’ pelo morador, a árvore cresceu e, a partir de 2006, começou a florir entre os meses de julho e outubro, colorindo a esquina da casa do aposentado com seu característico amarelo vibrante.
A relação do aposentado com o ipê possui ligações que vão além do cuidado com a natureza. “Eu cresci na roça, sempre rodeado de árvores, mas nunca tinha cuidado de um ipê. Aprendi a cuidar dele, e hoje ele é como um amigo para mim”, afirma.
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REFERÊNCIA
A exuberante beleza do ipê amarelo durante sua floração fez com que a casa de Miguel se tornasse uma espécie de ponto de referência em uma das mais movimentadas avenidas da cidade.
De acordo com ele, muita gente utiliza a árvore para indicar localizações próximas. “É a casa do ipê amarelo, como dizem”, brinca o aposentado. Mais que isso, a árvore se tornou um símbolo do bairro.
“Muitas pessoas passam aqui e param para admirar, fotografar e elogiar a árvore. Muitos me perguntam onde consegui a muda, e eu brinco dizendo que foi a muda que me escolheu”.
Para ele, a florada anual da árvore também é motivo de alegria em seu aniversário, celebrado no dia 30 de agosto. “É meu presente de todo ano, parece que ele até celebra a vida comigo”, diz, orgulhoso.
Além do ipê, Miguel também cultiva em sua calçada pés de graviola e acerola, que são outros pontos de destaque no bairro. “Meu único receio é que queiram cortar meu ipê por ter galhos próximos da fiação elétrica. Espero que apenas o podem, mas não cortem minha árvore”, conclui.
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