O coveiro Luís com a cachorrinha Pequena: companhia diária no Cemitério da Paz (Paulo Bellini/ItapiraNews)
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Uma cachorrinha carinhosamente chamada de ‘Pequena’ se tornou uma companheira bastante fiel dos funcionários que atuam no Cemitério Parque Municipal da Paz, na região do Jardim Raquel, em Itapira.

Há pelo menos 10 anos ela acompanha diariamente o trabalho da equipe e parece seguir uma rotina compromissada, se deslocando de segunda à sexta-feira ao cemitério e aproveitando os finais de semana para ‘descansar’.

A tutora da Pequena, Luciana Vergini, 40, reside na Rua Rússia, a poucos metros da entrada do Cemitério da Paz, e conta que a cachorrinha adorou esse hábito inspirada por Luke, seu outro cãozinho, agora já falecido, que também costumava ir diariamente ao cemitério para interagir com os servidores.

“Ela sai cedo, por volta das 7h00, e volta só à tarde, às 16h30, e no fim de semana fica em casa. O Luke também fazia isso e ela aprendeu com ele a fazer essa rotina. É a única daqui de casa que faz isso, temos outros três que não saem”, conta.

Funcionário do setor administrativo do cemitério, Marco Vieira, 55, afirma que a presença dos cães no local muitas vezes acaba servindo como uma espécie de conforto em momentos de tristeza e luto.

“É interessante ver quando algumas pessoas chegam aqui tristes por terem perdido um ente querido e se deparam com os cachorros, começam a interagir, fazem carinho, e isso acaba ajudando a amenizar a dor que estão sentido, é um conforto”, diz.

Além da Pequena, outros cães – Lara, Branca e Chiquinho – também costumam ‘visitar’ a equipe. Os funcionários destacam que a presença dos cãezinhos também contribuem para melhorar o ambiente de trabalho que geralmente é cercado por uma atmosfera mais dura em razão do próprio contexto de um cemitério.

“Eles nos acompanham em todo lugar que vamos, para cima e para baixo. Quando a Pequena chega, se nós já estamos lá para cima, no alto co cemitério, ela fica nos procurando até encontrar, e aí passa o dia com a gente”, conta o coveito Luís Henrique Guezi, 65.

  • RETRIBUIÇÃO

Tanto a tutora da Pequena quantos os servidores do cemitério relembram de um episódio marcante no qual a cachorrinha foi atacada por outro cachorro e precisou passar por um tratamento.

“Ela não sai para qualquer outro lugar, é de casa para o cemitério e do cemitério para casa. Mas, há dois anos, nesse trajeto ela foi atacada por outro cachorro e aí ficou em casa uma semana”, conta Luciana.

Preocupados, os funcionários do cemitério fizeram uma visita à ‘companheira’ em sua casa. “Ela ficou tão feliz quando os viu que pulava e chovava no colo do meu marido, foi emocionante. Isso deixou evidente o quando ela é querida e bem cuidada por todos eles”, finaliza a tutora.

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