O jornalista, apresentador e locutor Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3). Dono de uma voz inconfundível e tipo como um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, ele tinha 97 anos de idade.
Cid Moreira estava internado há um mês no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em razão de um quadro de insuficiência renal crônica.
Antes disso ele vinha tratando de uma pneumonia em casa. Seu estado de saúde piorou e o falecimento aconteceu por volta das 8h00 desta quinta-feira em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Natural de Taubaté, cidade paulista no Vale do Paraíba, ele fez aniversário no último domingo, dia 29 de setembro. Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio em 1944, ingressando como locutor na Rádio Difusora de sua cidade natal.
Passou a narrar comerciais e se mudou para a capital paulista, passando a trabalhar na Rádio Bandeirantes e também no ramo de publicidade. Em 1951 se mudou para o Rio de Janeiro e foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga.
Começou então a ter suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo na TV Rio. Em 1963 estreou como locutor de noticiários na mesma emissora, marcando o início de sua carreira no jornalismo televisivo.
Nos anos seguintes trabalhou em emissoras como Tupi, Excelsior e Continental, além de uma passagem pela TV Globo. Em 1969, Cid Moreira retornou emissora carioca para atuar no Jornal da Globo.
No mesmo ano, foi escalado para a equipe do recém-lançado Jornal Nacional, o 1º telejornal transmitido em rede no Brasil e, nos anos seguintes, passou a participar também do Fantástico.
Ao longo de 26 anos ele seria o principal rosto do noticiário brasileiro e sua voz tornou-se sinônimo de credibilidade, apresentando o telejornal nada menos que oito mil vezes.
A partir de 1996, Cid Moreira passou a fazer a leitura dos editoriais do Jornal Nacional. Nos anos 1990 também começou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos e, em 2011, realizou o objetivo de gravar a Bíblia na íntegra.