Lucas Fuini com o filho Davi no colo: pracinha em estado de completo abandono (Itapira News)
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Inaugurada há quase dois anos, mais precisamente em 11 de fevereiro de 2023, a Praça ‘Roseli Aparecida Rezende dos Santos’ necessita de um olhar mais atencioso por parte da Prefeitura de Itapira.

Construído na divisa do Jardim Bela Vista com a Vila Boa Esperança, bem em frente à Praça ‘Henrique Felipe da Costa (Henricão)’, o espaço dá inúmeros sinais de abandono e a comunidade que vive no entorno encontra sérias dificuldades em utilizar o local, principalmente o playground.

Quem chamou a atenção para o estado precário do parquinho foi o professor Lucas Labigalini Fuini, 42, que reside nas proximidades e acionou a reportagem do Itapira News.

Um rápido olhar para a área dedicada às crianças e fica fácil constatar situações bem graves. O mato prolifera na areia que, segundo Fuini, nunca foi reposta.

Dos brinquedos em madeira instalados debaixo de uma enorme árvore, apenas duas gangorras resistem, mas mesmo assim bem ressecadas pela ação do tempo. O gira-gira desapareceu e somente ficou parte de um cano no lugar.

O escorregador também foi retirado e sobraram a escada e uma base elevada tomada por tábuas danificadas e pregos expostos, que colocam em risco quem ainda se aventura a brincar. Da estrutura para dois balanços, apenas um segue liberado.

O aspecto de abandono predomina. Um dos portões de acesso foi arrancado e a rede que cerca a área apresenta vários pontos deteriorados. Galhos ressecados de uma recente poda em árvores próximas continuam depositados na grama que margeia a Avenida Benedito Bataglini.

Professor confirmou que já buscou por soluções em várias esferas, mas sem êxito (Itapira News)

“Sempre frequentei aqui com meus dois filhos, mas agora não tem condições. O escorregador, por exemplo, está com madeiras e pregos à vista, o que é um perigo. Há mais de um ano está assim”, lamentou Fuini. “O gira-gira estava torto e simplesmente tiraram e não recolocaram. Pode ser que seja sim um ou outro caso de vandalismo, mas o problema aqui realmente é o excesso de uso e a falta de manutenção”, concluiu.

  • UTILIZAÇÃO

O professor lembrou que diariamente a praça era muito frequentada pelas crianças, acompanhadas das famílias, principalmente à tarde e à noite. Salientou ainda que por várias vezes buscou soluções junto ao poder público no ano passado, mas nunca recebeu qualquer resposta.

“Entrei em contato com o setor competente, que é a Secretaria de Esportes, duas ou três vezes, em diferentes momentos. Protocolei um requerimento no Agiliza (Itapira) no final de outubro do ano passado e não tive resposta. Fiz contato com pelo menos quatro ou cinco vereadores de partidos diferentes, que disseram que fizeram o encaminhamento, mas nada. Virou abandono e hoje é um espaço subutilizado”, reforçou.

Fuini afirmou que o poste de iluminação da pracinha não funciona desde o fim de 2024 – inclusive o poste padrão de energia está com a fiação exposta. Os dois bebedouros estão sem as torneiras e alguns equipamentos da academia ao ar livre precisam de reparos.

“Muita gente não frequenta mais o local por causa da escuridão. E tudo isso já foi falado e cobrado, mas parece que aqui é um lugar que não recebe a atenção”, descreveu.

Fuini destacou que o espaço público foi um espaço muito esperado e desejado pelos moradores. “Quando inauguraram foi um boom de frequentadores, mas a praça foi deteriorando e nada mais foi feito”, criticou. “A população quer ter acesso ao lazer, ao equipamento e ao serviço adequado. É um assunto urgente”, completou.

  • OUTRO LADO

A reportagem do Itapira News encaminhou questionamentos sobre a situação da praça à Prefeitura de Itapira.

Por meio da Assessoria de Comunicação, a SEL (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer) informou que, em relação aos brinquedos de metal e madeira e à academia ao ar livre, ‘a pasta está cumprindo um cronograma de manutenção em toda a cidade, mas parte do trabalho demanda a contratação de uma empresa especializada e os trâmites necessários para essa contratação estão em andamento’.

Com referência à roçagem, o comunicado reforça que o serviço é feito dentro do cronograma que atende o município pela Secretaria de Serviços Públicos. ‘Os galhos mencionados são de poda feita pela CPFL, que é a responsável quando há contato com a fiação, e a retirada também está no cronograma da Secretaria de Serviços Públicos’.

Sobre a iluminação e os bebedouros, a nota garante que a Secretaria Municipal de Planejamento e Obras designará uma equipe para averiguação no local.

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