Um incêndio iniciado na última quinta-feira (5) destruiu 10 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
De acordo com a administração da unidade de preservação, a área atingida é ainda uma estimativa e fica entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia.
Em nota divulgada no sábado (7), a chefia do parque informou que ainda não sabia o que ou quem provocou o incêndio, o que sinaliza que a unidade de preservação entende que pode ter sido criminoso.
Na mensagem, também destacou que, desde o começo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o PrevFogo, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), escalaram efetivos para ajudar a debelar o incêndio, junto com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
Um grupo organizado pelo Polo de EcoCiências do Cerrado realizou no domingo (8), pelo segundo dia consecutivo, um mutirão para avaliar as condições da RPPN (Reserva Privada do Patrimônio Natural) Campo Úmido Voshysias, em Alto Paraíso de Goiás, próxima ao Parque Nacional.
Assim como a RPPN Murundu, visitada neste sábado (7) no mesmo município, o local foi afetado por um incêndio e precisou ser examinado mais de perto, demandando também a retirada de espécies de plantas exóticas invasoras.
A rede de combate às chamas conta, ainda, com a Rede Contrafogo, que articula brigadas de voluntários, e o IBC (Instituto Biorregional do Cerrado).
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é um dos locais de preservação do Cerrado, conhecido como “berço das águas” e que, apesar disso, pode perder cerca de 34% do fluxo dos rios até 2050.
De acordo com monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), somente este ano, até sábado (7), foram detectados 48.966 focos de queimada no bioma, que só perde para a Amazônia (79.175).