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A circulação de um dos tipos do vírus da dengue em Itapira pode explicar o alto número de contaminações registradas nas últimas semanas no município, segundo informado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.

O resultado de um exame de isolamento viral colhido há pouco mais de um mês identificou o vírus DENV-2 circulando em Itapira. Na epidemia de 2015, que provocou mortes na cidade, o vírus era o DENV-1, que também seguiu circulando nos últimos anos.

Segundo a responsável técnica da Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário Cipola, a existência de um vírus diferente pode explicar a alta dos casos especialmente pelo fato de que as pessoas que já contraíram a doença uma vez podem ter nova infecção.

“Na nossa região, as cidades vizinhas já haviam isolado o vírus DENV-1, que provavelmente também circula em Itapira. Porém, com o DENV-2, as mesmas pessoas que já tiveram a DENV-1 podem contrair a doença novamente. Ao mesmo tempo, aqueles que não tiveram nenhum tipo, estão sujeitos aos dois vírus”, alerta.

  • ISOLAMENTO VIRAL

De acordo com os protocolos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, somente as chamadas ‘unidades sentinelas’ de cada Regional de Saúde realizam o exame para isolamento viral.

Porém, o caso de Itapira foi atípico devido ao perfil do paciente: uma gestante com sinais de alarme e que precisou ser internada. “Devido esse caso ter sido mais grave e ter sido detectado no período correto, fomos autorizados a fazer o isolamento viral”, explicou Josemary.

A paciente em questão era moradora da região da Vila Ilze, uma das mais afetadas pela dengue neste ano em Itapira, e depois da chegada do resultado a Vigilância Epidemiológica fez nova investigação e constatou que ela não havia saído do município, o que significa que realmente se trata de caso autóctone.

“Além desse aumento de casos por ter mais de um tipo de vírus circulando, notamos que quando há reinfecção podem ocorrer mais sintomas e por mais tempo, fazendo com que esses pacientes precisem buscar por assistência médica várias vezes”, completou Josemary, reforçando o apelo para que a população elimine os criadouros.

“Nas ações de bloqueio temos encontrado muitas larvas em bebedouros de animais, calhas e caixas d’água. Cada pessoa precisa fazer a sua parte para evitar a proliferação no mosquito transmissor”, enfatizou.

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