Relatório anual apresentado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde aponta para alta de 1.387,5% nos casos de dengue em 2022. Em 2021 foram computadas apenas oito ocorrências positivas, enquanto que em 2022 o total saltou para 119.
Somente o mês de novembro passou zerado na temporada passada. O campeão de registros foi maio, com 50 positivações. Depois vieram abril (42), junho (13), março (5), fevereiro (2), dezembro (2), janeiro (1), julho (1), agosto (1), setembro (1) e outubro (1).
Dos 119 casos do ano passado, 108 foram considerados autóctones – quando a transmissão acontece no próprio município -, sete importados e quatro classificados como indeterminados. Foram ainda 534 notificações relacionadas à doença.
- Casos de Dengue em Itapira – Comparativo Anual
A enorme evolução de pacientes contaminados de um ano para outro pode ser explicada pela reclusão imposta pela pandemia da Covid-19 em 2021. Essa é a avaliação da responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário Cipola.
“As pessoas não estavam circulando em 2021. Ficavam mais em suas residências, apesar de muitas não terem feito a lição de casa eliminando potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti)”, disse.
Este ano, pelo menos até a divulgação do último boletim epidemiológico da dengue pela Prefeitura, na sexta-feira (20), as positivações seguiram zeradas. Estavam computadas apenas 13 notificações. Apesar do quadro favorável até o momento, a preocupação é grande entre as autoridades de saúde, já que o município encerrou 2022 com a ocorrência de casos.
“Provavelmente temos o vírus circulando. Além disso, os agentes do Controle de Vetores ainda estão encontrando muitas larvas do Aedes nas residências”, explicou Josemary. No levantamento da Vigilância Epidemiológica, 2015 continua como o ano mais ‘agressivo’ no tocante à dengue, com 4.279 positivações.