Os casos de Covid-19 em Itapira têm registrado um aumento nas últimas semanas, segundo os dados divulgados nos boletins epidemiológicos.
Desde o início do ano, a curva de contágio tem apresentado uma tendência crescente. No dia 5 de janeiro, havia um total de 21.848 casos confirmados de coronavírus desde o começo da pandemia em Itapira, com apenas três casos ativos.
No entanto, esses números foram aumentando ao longo do mês, e no dia 23 de fevereiro, 84 dias após a última internação, o boletim apontou para a hospitalização de quatro pessoas que contraíram o vírus e precisaram ficar internadas na Enfermaria do Hospital Municipal.
No boletim divulgado no dia 1º de março, os casos atingiram o maior pico do ano, com 61 casos ativos e dois pacientes internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal.
Por fim, no mais recente boletim divulgado nesta sexta-feira (15), o total de casos ativos era de 46, com apenas uma pessoa ainda internada na UTI do HMI.
Apesar dos números, o secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira, reforçou que os casos de coronavírus isoladamente não são responsáveis pelo aumento na procura de atendimento na rede pública de saúde.
“A Covid por si só não é a responsável pelo aumento na procura de atendimento, acontece que a gripe, o coronavírus e a dengue compartilham sintomas bastante parecidos”, explicou Vieira.
De acordo com Vladen, a maior parte dos casos recentes de coronavírus registrados em Itapira foram de natureza leve, fator atribuído à vacinação.
“Assim como era esperado, a vacina não vem para coibir o vírus, mas para que os sintomas fiquem mais fracos. Hoje em dia temos sim alguns casos mais graves, mas de pessoas com comorbidades e de idosos”, completou.
Conforme apurado, a situação na Santa Casa de Misericórdia de Itapira não é muito diferente da no Hospital Municipal. De todos os casos que passam pelo Pronto Socorro da Santa Casa, 80% são suspeitas de dengue, os outros 20% entre Covid-19 e viroses.
- HOSPITAL DE SOLIDARIEDADE
Ainda de acordo com Vieira, apesar do aumento nos casos de coronavírus, manter o Hospital de Solidariedade para atender apenas casos de Covid-19 não seria viável; dessa forma, readequações deverão ser feitas antes do local ser reaberto ao público.
“Pretendemos iniciar o processo de readequação a partir de abril, nisso iremos focar também no atendimento de casos de dengue, caso percebamos que a epidemia continua a crescer no município”, afirmou Vladen Vieira.
Entre as adequações necessárias está o espaço para a soroterapia, altamente indicado em casos de dengue. Além disso, o exame de dengue demora duas horas para ficar pronto, dessa forma, melhorar a estrutura para espera também está nos planos da pasta.
Vale lembrar que o Hospital de Solidariedade está fechado desde o dia 29 de janeiro, quando foi alvo de invasão, furto e vandalismo na noite anterior.