No meio da pista, verdadeiras crateras. Há também, em um trecho, uma severa ondulação no asfalto que surpreende os motoristas logo após uma curva. Carros mais baixos que não conseguem desviar acabam tenho o chassi raspado, aumentando o risco de acidentes.
Aos que têm tempo para desviar, só resta a opção de invadir a pista contrária. Pra piorar, o acostamento, quando não está totalmente irregular, está repleto de mato, dificultando qualquer chance de parada de emergência. Esse é o breve resumo da situação precária em que se encontra a Rodovia SPI-177/342, antiga vicinal entre Itapira e Mogi Guaçu.
Mais de dois anos após sua estadualização – com promessa de investimentos na ordem de R$ 40 milhões para recuperação do pavimento, asfaltamento dos acostamentos e implantação de sinalização adequada – praticamente nada mudou e o trajeto ainda representa um caminho ruim e perigoso para qualquer tipo de veículo – de motos e carros aos pesados caminhões que trafegam pela pista.
O decreto que transferiu para o Governo do Estado a responsabilidade pela manutenção e conservação da rodovia foi assinado no dia 2 de janeiro de 2014 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Tanto em Itapira quanto em Mogi Guaçu a notícia foi saudada com entusiasmo por lideranças políticas e pelas próprias prefeituras.
Contudo, até agora nada mudou no que diz respeito às condições da pista, oficialmente denominada Antônio Joaquim de Moura Andrade. A extensão da estrada é de pouco mais de 22 quilômetros, sendo que 12,155 KM pertencem a Itapira e 10,381 fazem parte do território guaçuano. Dos dois lados, a estrada apresenta problemas e riscos aos motoristas.
OUTRO LADO
A reportagem cobrou uma posição do DER (Departamento de Estradas e Rodagem), órgão do Governo do Estado de São Paulo responsável pelas rodovias estaduais. Os questionamentos foram encaminhados à assessoria de imprensa ainda na quarta-feira (19), mas até a publicação da matéria, neste sábado (23), nenhuma resposta havia sido despachada. Na sexta-feira (22), a reportagem tentou contato telefônico pelos telefones da assessoria. Na sede do órgão, a informação dada por um segurança era de que as áreas administrativas estavam sem expediente por conta do feriado prolongado. O telefone celular de plantão da assessoria só deu caixa postal.