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A vereadora Maísa Fernandes (PSD) assumiu a autoria das gravações clandestinas de conversas com colegas da bancada governista e de pessoas fora do ambiente da Câmara Municipal e que foram vazados na internet.
Por meio de um vídeo de quase 40 minutos publicado nas redes sociais na última terça-feira (9), ela decidiu falar pela primeira vez sobre o que classificou de “crime cibernético”, se referindo à distribuição de trechos dos áudios em aplicativos de mensagens instantâneas.
Desde abril, quando os áudios começaram a surgir nas redes, uma crise se instalou no ambiente da base situacionista e motivou até mesmo registros de boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia.
No vídeo, disponível abaixo, na íntegra, Maísa também acusou um servidor público municipal que seria ligado a um grupo de oposição ao atual governo de ser o responsável pelo vazamento dos áudios.
Ela não citou o nome da pessoa, mas disse que também possui guardadas as mensagens que trocou com o homem que supostamente a orientou a gravar as conversas e, inclusive, forneceu o gravador.
“Quando estava brigada com meu grupo político (em meados de 2023), conheci uma pessoa da oposição. Essa pessoa é um funcionário público, que me falou assim: ‘Maísa, toda vez que você for conversar com alguém que você acha que possa vir a te prejudicar ou te ameaçar, grave essa conversa’. E eu gravei”, confessou a vereadora, sem detalhar as datas quando foram feitas das gravações.
O equipamento utilizado foi um pequeno gravador e ela confirmou ter gravado diálogos de até duas horas com o presidente da Câmara, vereador Mino Nicolai (MDB), além da colega de bancada Beth Manoel (PSD), bem como com apoiadores do governo municipal. A vereadora também disse que “fizeram montagens” com os áudios.
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RACHA INICIAL
Tão logo tomou ciência da gravidade da situação, Maísa reforçou que o prefeito Toninho Bellini (PSD) foi o primeiro a dar ouvidos às explicações da vereadora, argumentnado que quando decidiu gravar as conversas “tinha ido pro lado de lá” (oposição).
A vereadora disse ter sido influenciada pelo funcionário público, que estimulou as gravações. “Fui ingênua e acabei caindo nessa situação. Errei muito. Sou muito humilde em falar que gravei essas conversas. Essas conversas, as reais, foram eu. Os fakes, os vídeos, alguns áudios, eles foram invertidos, foram refeitos. Tem muita coisa ali que não é verdadeira”, reafirmou.
Segundo Maísa, algum tempo depois das gravações ela foi procurada pelo funcionário, que queria o equipamento de volta. “Ele me passou o endereço da casa dele. Cheguei a falar em áudios: ‘olha, vem até a Câmara, você baixa o conteúdo aqui e leva embora o seu aparelho”, adiantou, reiterando que o servidor é um pré-candidato a vereador pelo grupo de oposição.
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VIRALIZOU
No vídeo publicado terça-feira, Maísa confirmou que depois desse contato, os áudios e vídeos começaram a viralizar nas redes e chamou os responsáveis pelo vazamento dos áudios de “quadrilha”.
“Chegaram ao ponto de criar um WhatsApp meu, com foto minha e do Toninho, falando situações horrorosas”, relembrou, adiantando que tudo já foi encaminhado ao Ministério Público e que está em contato com advogados e que espera justiça.
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