Cirurgia de emergência salvou a vida da mamãe quati e de pelo menos dois filhotes (Divulgação)
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Uma fêmea de quati que estava grávida precisou passar por uma cirurgia de urgência para realizar o parto de seus filhotes após sofrer um ataque de cão em Itapira.

O caso aconteceu no último sábado (12) e mobilizou a equipe de emergência da Clínica Xodó e a operação cesariana foi feita pela médica-veterinária Juliana Medeiros, que é especialista em animais silvestres.

De acordo com ela, o animal mamífero chegou em situação bem delicada, inclusive com uma lesão na região abdominal. “Os exames revelaram que a quati estava prenhe e então decidimos fazer a cirurgia para salvar os filhotes”, conta a veterinária, que durante o procedimento contou com o apoio da veterinária Laura Couto.

De acordo com ela, infelizmente três bebês já estavam sem vida e outros três nasceram com baixíssimo estímulo respiratório, dos quais um também morreu logo em seguida. Os outros dois estão estáveis e a mamãe quati também segue em recuperação.

Conforme apurado, o animal surgiu em uma residência e acabou entrando no quintal onde havia um cachorro, que instintivamente o atacou.

Os moradores ouviram o barulho e, ao perceber o que havia ocorrido, acionaram a Defesa Civil que rapidamente socorreram a quati, levando-a à Clínica Xodó, que presta atendimento veterinário voluntário a animais silvestres resgatados em ocorrências na cidade.

“Quando a recebemos, ela apresentava muito sangramento e estava bem apática. Notei que o abdome estava bastante distendido e havia uma lesão bem grave, com ruptura da musculatura abdominal, com sangramento e exposição de vísceras”, relembra Juliana.

De acordo com ela, a cirurgia de emergência transcorreu bem e sem nenhuma intercorrência e, apesar da perda de parte dos filhotes, foi possível manter o útero da quati para q possa se reproduzir novamente.

“O estado dela e o dos filhotes ainda é delicado. A lesão que ela teve foi muito séria grave e está sendo medicada, e os filhotes também tiveram sofrimento fetal. Com certeza ela teria ido a óbito se não tivéssemos feitos a cirurgia, mas ainda não está livre dos riscos, principalmente de uma infecção por conta da lesão”, finaliza a médica-veterinária.

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