A família de um menino de apenas quatro anos chamado João Miguel registrou seu desaparecimento depois que ele foi levado pelo pai no último fim de semana em Itapira.
A mãe do garoto, Suelen Siqueira de Almeida, afirma que o ex-marido desapareceu levando consigo a criança após uma discussão.
Um boletim de boletim de ocorrência por subtração de incapaz foi registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Mogi Guaçu (SP) e a Polícia Civil de Itapira já instaurou um inquérito para apurar o caso.
De acordo com Suelen, o pai do garoto, L. A. P., foi até sua casa no sábado (17) e disse que gostaria de passar o fim de semana com o menino e a outra filha, de cinco anos.
Mais tarde, porém, o pai do garoto teria retornado à casa da ex, na região do Jardim Guarujá, onde ainda conforme seu relato ocorreu uma discussão.
No dia seguinte, ao ir buscar os filhos, ela encontrou somente a menina na casa dos avós, descobrindo que o pai do menino havia saído com ele no carro do avô paterno, com rumo ignorado. Desde então, ele não fez mais contato ou deu qualquer notícia de seu paradeiro.
Informações divulgadas pela família dão conta de que o carro que estaria na posse do pai do menino, um GM/Corsa, teria passado pela cidade de Santa Rita do Passa Quatro (SP) na tarde de segunda-feira (19).
“Também tivemos uma informação de que ele estaria em uma cidade de Minas Gerais, mas ainda não temos mais detalhes. Se Deus quiser teremos alguma notícia boa”, disse a mãe, que segue desesperada em busca do paradeiro do filho.
Qualquer informação que possa contribuir com as buscas pode ser repassada à família pelo telefone (19) 9.9764-4954 ou diretamente às autoridades de Segurança Pública como a Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal, ou ainda via Disque-Denúncia 181.
- CRIME
O delegado titular de Itapira, Anderson Cassimiro de Lima, disse que um inquérito foi instaurado para apurar o crime previsto no Artigo 249 do Código Penal, que versa sobre a subtração de menor de 18 anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial.
De acordo com ele, na última terça-feira (20), um advogado que representa Suelen entrou com um pedido de busca e apreensão do menino em foro cível, mas até a manhã de hoje o pleito ainda não havia sido apreciado.
O delegado frisou ainda que até o presente momento o caso não é tratado como sequestro, já que a sentença do divórcio do casal estabelece a guarda unilateral da criança, com direito a visitas.
“Então, formalmente, a partir dessas informações nós trabalhamos com o crime de subtração de incapaz, que não é crime de sequestro, são situações distintas. O inquérito está instaurado, a criança figura como desaparecida e o SIG (Serviço de Investigações Gerais) já fez o monitoramento da placa do veículo e seguimos trabalhando no caso e apurando o crime de subtração de incapaz”, finalizou o delegado.