Os dois cães apareceram no condomínio de chácaras Bié 1 (Divulgação)
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A demora da Prefeitura de Itapira em dar solução ao episódio em que dois cães apareceram no condomínio de chácaras Recanto do Bié 1, na área rural de Itapira, provocou enorme indignação na moradora Natália Vicente.

Somente 25 dias depois dos primeiros contatos mantidos com órgãos da administração municipal é que os animais foram resgatados da área.

Ambos ficaram acomodados provisoriamente em um dos canis da Divisão de Zoonoses e a partir desta sexta-feira (30) serão transferidos em definitivo ao Caami (Centro de Acolhimento aos Animais de Itapira).

Natália contatou a reportagem do Itapira News para denunciar o que classificou como descaso. Segundo explicou, desde 29 de julho os dois cães de médio porte surgiram pela área de mata das cercanias e ficaram na praça existente no interior do condomínio.

“Esses animais, claramente abandonados e em situação de vulnerabilidade, têm gerado apreensão entre os moradores, que com medo, pedem soluções urgentes”, reforçou em mensagem encaminhada ao portal.

Entrevistada na tarde do dia 22 de agosto pelo Itapira News, Natália afirmou que acionou diferentes órgãos da municipalidade para que os animais fossem resgatados e recebessem os cuidados necessários, mas sem sucesso.

Nesse tempo de espera alguns moradores decidiram bancar a castração e a alimentação dos cachorros e conseguiram ainda um lar provisório em uma das chácaras do Bié 1.

“Os animais chegaram e ficaram na região da pracinha. Passamos a alimentá-los, só que os dois começaram a incomodar algumas pessoas”, disse Natália, confirmando que inclusive abriu um protocolo de atendimento na Sama (Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente), em 2 de agosto.

A indignação maior é por conta da falta de direcionamento por parte das autoridades municipais. “Em situações assim, quando o animal está abandonado, a quem temos que recorrer? Você entra em contato com a Prefeitura e não recebe nenhuma orientação sobre o que e como fazer”, desabafou.

“Tiramos os cães da rua do condomínio pelo medo das pessoas, para preservar o bem-estar dos moradores e também dos próprios animais”, completou.

Natália lembrou que decidiu dar visibilidade ao assunto para que providências fossem tomadas. A resolução definitiva ocorreu somente na tarde do dia 22, quando equipes da Defesa Civil e da GCM (Guarda Civil Municipal) fizeram a remoção dos cães provisoriamente para a Zoonoses.

  • OUTRO LADO

A reportagem encaminhou diversos questionamentos à Assessoria de Comunicação da Prefeitura.

A resposta oficial da administração municipal foi que ‘inicialmente, os animais foram recolhidos no Canil da Zoonoses para observação e análise e permanecem no local até hoje (28.08). Estão sendo alimentados e muito bem cuidados pela equipe. Um dos animais, inclusive, apresentou sangramento nas fezes, foi devidamente medicado e está bem’.

A nota oficial esclarece que ambos continuarão no local até sexta-feira e depois serão encaminhados para o Caami.

‘Sobre os procedimentos nesses casos, a população deverá entrar em contado com a DPBEA (Divisão de Proteção e Bem Estar Animal) para registrar a denúncia. A equipe verificará in loco a situação e depois definirá o procedimento a ser adotado, solicitando auxílio de outros setores quando for necessário. Os animais sem tutores identificados serão encaminhados ao Caami e, posteriormente, seguirão para adoção’, complementa o comunicado.

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