Itapira registrou no ano passado 15 mortes provocadas por acidentes de trânsito. O número de vítimas fatais nas ocorrências atendidas em ruas e avenidas do município e também rodovias que cortam o perímetro itapirense é o maior da série histórica da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado de São Paulo desde 2001.
O índice mais que dobrou (114%) na comparação com 2022, que na ocasião acumulou sete óbitos classificados pela pasta estadual como homicídios culposos por acidente de trânsito – quando não há intenção de matar.
Até então, a liderança no ranking das mortes no trânsito em Itapira era ocupada pelo ano de 2017, com 14 vítimas fatais. Na sequência apareciam 2016, 2007 e 2005, com 13 cada.
Já as lesões corporais culposas originadas de acidentes de trânsito recuaram 13,2% em 2023. Em 2022 foram 106 acidentados, enquanto que no ano passado, 92. Neste quesito, a temporada mais violenta continua sendo 2011, com 461 vítimas, seguida por 2012, com 428.
Na opinião do diretor do Departamento de Trânsito da Secretaria Municipal de Defesa Social, Luiz Gustavo Pereira, a maior parte desse tipo de ocorrência acontece nas rodovias e mantém relação direta com a imprudência.
“Temos três rodovias que cortam a cidade, a SP-147 (liga Itapira a Mogi Mirim e a Lindoia), a SP-352 (liga Itapira a Amparo e ao Sul de Minas) e a SPI-177 (Itapira-Mogi Guaçu). O número de acidentes nessas estradas aumentou muito porque estão todas 99% excelentes”, avalia.
Com trechos bem estruturados, Pereira reforça que a imprudência dos motoristas fica evidente em situações facilmente constatadas, como dirigir acima da velocidade permitida, ingerir bebida alcoólica ao volante e, de acordo com ele, a infração campeã: uso de celular na direção do veículo. “Todas são ocorrências que ocasionam graves acidentes”, alerta.
- MAIS DADOS
Durante a entrevista, o diretor do Departamento de Trânsito apresentou à reportagem do Itapira News um levantamento recém-encaminhado ao setor pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), referente às ocorrências automobilísticas atendidas somente em dezembro do ano passado: seis atropelamentos, três capotamentos, 12 colisões e mais 17 acidentes com motos. “Há também muito abuso em ruas e avenidas da cidade”, informa.
Ainda sobre as rodovias, Pereira chama a atenção para o grande fluxo nos períodos de festas e feriados prolongados. “No Carnaval, férias escolares e no final de ano, por exemplo, aumenta muito o número de veículos nas estradas. Nessas viagens, muitas pessoas que vêm de fora passam por nossas rodovias e é quando acontecem os acidentes. Isso é fato”, completa.