Uma noite festiva agendada para o dia 12 de janeiro de 2024 pretende angariar recursos financeiros para a aquisição de uma máquina de escrever em braille para uso doméstico pelo garoto Breno Rodrigues Alves.
Morador na região do bairro Cubatão, o menino de nove anos convite com a retinopatia, patologia que levou à perda total da visão em seus dois olhos. O instrumento já é usado pelo garoto na Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) ‘Izaura da Silva Vieira’.
Um modelo usado da máquina de escrever em braille tem custo estimado em R$ 7.500,00, enquanto um equipamento novo pode chegar a R$ 10 mil. A ideia é que o garoto possa continuar suas atividades de escrita e leitura também em casa, e não só na escola.
O evento beneficente deverá reunir diversos prêmios, entre eles vale-presentes com valores de R$ 1.500,00, R$ 600,00 e um forno microondas. A família e amigos seguem angariando mais colaborações para o evento que acontecerá no pátio da Igreja Matriz de São Judas Tadeu, na Rua Alfredo Bueno, 126, Cubatão, a partir das 19h30.
Para ajudar é possível entrar em contato pelo telefone (19) 9.8978-5148 ou via WhatsApp (19) 9.9814-1879. A cartela está sendo comercializada por R$ 15,00 cada.
- TRAJETÓRIA DE BRENO
Breno, que também enfrenta frequentes episódios de convulsões e está dentro do espectro do TEA (Transtorno do Espectro Autista), iniciou sua alfabetização há dois anos com a professora Rosângela Aparecida da Silva Andreoli, 43, que também está colaborando na organização da noite festiva.
O processo de aprendizagem dele, inclusive, também representou uma novidade aos educadores, que o descrevem como um garoto muito esperto.
“Foi algo completamente novo para mim, eu ia estudando sobre braille e ensinando a ele, no começo eu confeccionava as atividades em casa, pecinha por pecinha”, conta a professora.
Com o novo equipamento disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educação, Breno – que já demonstrava muito interesse pela escola – passou a aproveitar ainda mais as aulas. “A parte que mais gosto da escola são as lições”, diz o garoto.
Sua mãe, Karine Santiago Rodrigues, 26, acredita que a máquina de braille permitirá que ele desenvolva ainda mais o hábito da leitura e se concentre em outras atividades.
“Onde eu vou ele vai junto, então quando estou fazendo as tarefas de casa ele sempre pede para ajudar. Então acredito que a máquina irá possibilitar que ele desenvolva ainda mais o hábito da leitura”, disse Karine.
A professora Rosângela ressalta também a importância da participação da família no processo de aprendizagem de Breno, que já ensinou colegas e agora deseja instruir seus familiares.
“Lá na escola ele ensinou todos os coleguinhas a ler e escrever em braille, todos sabem usar a máquina, agora ele quer também ensinar a família. Esse é um processo muito importante de envolvimento”, acrescenta a professora.