Polícia Federal esteve em empresa de Itapira (Divulgação/PF)
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) uma nova fase da operação denominada Dollaro Bucato II – dólar de lavanderia, em italiano – com cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco cidades paulistas e em Goiânia (GO).

Entre os locais em que os policiais estiveram está a empresa Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira. Em nota, a empresa negou ser alvo das investigações.

“O Laboratório Cristália informa que não é alvo das investigações deflagradas hoje pela Polícia Federal. O laboratório está colaborando com a autoridade policial”, informou o comunicado remetido à imprensa.

Os mandados expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas começaram a ser cumpridos no final da madrugada contra oito pessoas físicas e quatro pessoas jurídicas.

A ação representa um desdobramento da operação que ocorreu nos anos de 2019 e de 2021 para investigar crimes relacionados ao sistema financeiro nacional. Segundo divulgado na imprensa, as fraudes somam R$ 230 milhões.

Os crimes consistem em operações de câmbio ilegais e evasão de divisas, especialmente para a Ásia, segundo a Polícia Federal. “Por meio das análises de documentos e dispositivos eletrônicos, foi possível constatar milhares de operações financeiras, efetivadas por pessoas físicas e jurídicas, direcionadas a remessas não autorizadas de capitais para o exterior, em especial para o continente asiático”, explicou a PF.

Ainda segundo a corporação, o montante movimentado de maneira atípica pelos investigados superou R$ 1 billhão no período de dois anos, sendo que ao menos R$ 230 milhões passaram por contas de pessoas jurídicas com fortes indícios de serem ‘de fachada’, ou seja, sem atividade operacional e com capital social incompatível com os valores movimentados.

No site do Governo Federal, um comunicado diz que “as operações envolviam movimentação de moeda no estrangeiro por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias e direcionamento de capital para empresa que comercializa criptoativos”.

Além de Itapira, os policiais federais estiveram em um endereço em Campinas, seis em São Paulo (SP), um em Santo André (SP) e três em Goiânia (GO). Entre os materiais apreendidos durante as diligências estão computadores, telefones celulares, notebooks, mídias, títulos de crédito, R$ 21,9 mil em dinheiro e documentos.

As penas previstas para os crimes investigados (operação de câmbio ilegal e evasão de divisas) somadas podem chegar a 10 anos de prisão.

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