O Parque Juca Mulato é palco, no próximo domingo (8), da primeira edição do Encontro de Cultura Popular de Itapira. O espaço público vai concentrar mais de seis horas de apresentações gratuitas preparadas por nove grupos das mais variadas manifestações de cultura tradicional, como congada, samba de umbigada, maracatu, catira, jongo, carimbó e danças da Amazônia.
A programação começa às 14h00, quando um cortejo parte da sede da Casa das Artes de Itapira, na esquina das ruas Ribeiro de Barros e Campos Salles, até o Palco ‘Maestro Lafayette Vieira’, onde o evento se desenvolve até por volta das 20h00.
Na sequência, das 15h00 às 16h00, destaque para as apresentações de três grupos congadeiros: Congada de Santa Efigênia, de São Paulo; Congada de Moçambique, de Caraguatatuba (SP); e Congada Mineira de Itapira.
As outras manifestações pedem passagem das 16h00 até o encerramento: Grupo Irmãos de Sangue, de Itapira, com samba de umbigada; Cia. dos Batuqueiros, de Piracicaba (SP), com samba de umbigada; Grupo Jongo do Coreto, de São Paulo, com jongo; Cia. Porto de Luanda, de São Paulo, com maracatu; Grupo Terra Batida, de Socorro (SP), com catira; e Grupo Cultural Yandê TransPará, de Itaquaquecetuba (SP), com carimbó e danças da Amazônia.
A seleção dos participantes ocorreu por meio de um edital lançado no início de novembro, que recebeu mais de 25 inscrições. A escolha dos coletivos foi incumbência da curadoria formada pelos idealizadores do projeto, os atores Danilo Lopes, João Bozzi e Valner Cintra.
Como contrapartida ao projeto, a Congada Mineira visitou quatro Emebs (Escolas Municipais de Educação Básica) itapirenses no dia 27 de novembro – ‘Maria Teresa da Fonseca’, ‘Maria de Lourdes Bellini’, ‘Yolanda Brunialti’ e ‘Diva Magalhães Raymont’. As atividades promoveram encontros entre a tradição e o presente.
Também está programada a exibição do documentário ‘13 de Maio: Um Símbolo de Resistência’, produzido pela Fixar imagens, em dois bairros periféricos na semana que antecede o evento no Parque.
- RESISTÊNCIA
Os organizadores reforçam que o encontro representa uma forma de valorização da cultura popular, que resiste década após década às demandas contemporâneas, além da tentativa de resgatar um movimento cultural que era tão forte no passado, sobretudo as matrizes africanas.
Outra intenção é render homenagem à Congada Mineira de Itapira, principalmente aos dois principais pilares da resistência dessa cultura: o rei Arnaldo Franco e a rainha Dona Dorcides.
O projeto é uma realização da Cia. Talagadá e Fixar Imagens por meio do Edital ProAC (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo. Também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, do historiador Eric Apolinário e do Terreiro de Umbanda D7 Itapira. A arte de divulgação foi criação da artista Mônica Machado.