Os pecuaristas itapirenses já estão envolvidos na última vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, campanha que começou dia 1º e prossegue até 30 de novembro.
A dispensa da imunização ocorre em razão do Estado de São Paulo ter alcançado o status de zona livre da doença, após cumprir os requisitos estabelecidos no PNEFA (Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa).
O próprio Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) já havia informado sobre a nova condição do território paulista ainda em agosto.
De acordo com o documento emitido pelo órgão federal, a partir de 1º maio de 2024, animais com origem em zonas livres com vacinação – Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro e parte do Amazonas – não podem ingressar nos estados que já suspenderam a imunização.
O procedimento é necessário porque o pleito para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação está previsto para ser apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto do ano que vem.
A previsão de finalização da avaliação é maio de 2025, com o cumprimento do prazo de 12 meses sem uso do imunizante e sem ingresso de animais vacinados nas áreas, conforme definições do Código Sanitário de Animais Terrestres do organismo internacional.
“É um momento histórico para o Estado de São Paulo, que é o maior exportador de carne bovina do Brasil. Mais de 11 milhões de cabeças de gado. O quanto isso vai agregar valor e mudar a história do nosso setor agropecuário”, disse o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Guilherme Piai.
Na última campanha paulista de vacinação da aftosa, em maio desse ano, foram imunizados 11.025.252 de animais, com percentual de 99,99% de cobertura. O último registro da doença no Estado data de 1996.
- CAMPANHA
Na última campanha de vacinação iniciada dia 1º, o produtor tem até 7 de dezembro para declarar a aplicação da dose, processo que pode ser feito, de preferência, por meio eletrônico via sistema informatizado Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal).
O criador que deixar de vacinar e comunicar está sujeito a multas que variam de 3 a 5 Ufesp’s por animal – são 5 (R$ 171,30) por cabeça que deixar de vacinar e 3 (R$ 102,78) por cabeça que deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) é de R$ 34,26 para o ano de 2023.