O presidente executivo do Laboratório Cristália, Eduardo Job, concedeu entrevista coletiva por volta das 20h00 de sábado (24) – cerca de uma hora após a confirmação da queda do helicóptero da empresa em Campos do Jordão (SP).
O desastre provocou a morte das seis pessoas que estavam na aeronave – entre elas a vice-presidente do Conselho do Cristália e filha de um dos fundadores da empresa, Kátia Stevanatto. Além dela, morreram também seu esposo, Paulo Sampaio; a arquiteta Letícia Telles, o empresário do ramo de marcenaria Ronoel Scholl, o piloto Antônio Landi Neto e o co-piloto Juliano Martins Perizato.
O helicóptero Agusta AW109SP Grand New, com prefixo PT-FPS, havia decolado por volta das 10h00 do Laboratório Cristália, em Itapira, e deveria ter chegado ao destino cerca de 50 minutos depois. O modelo era novo – estava em operação na empresa há dois anos – e passou por manutenção no último dia 14, segundo Job.
Ao falar com a imprensa, ainda bastante consternado diante da chocante notícia, o presidente do Cristália disse que o acidente provocou uma “perda irreparável”. “Foi muito difícil, está sendo muito difícil, é um momento muito dolorido para nós, a doutora Kátia era uma pessoa muito querida, muito humana e é uma grande perda para a família Cristália e para a sociedade de uma maneira geral”.
De acordo com ele, o helicóptero era utilizado principalmente nos deslocamentos dos executivos da empresa entre as unidades do Cristália. Na fatídica viagem, porém, a aeronave estava levando seus ocupantes a Campos do Jordão para visita a um imóvel em reforma. Daí a presença do profissional do ramo de marcenaria e da arquiteta a bordo.
As causas do acidente ainda serão investigadas. Neste domingo (25), equipes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Força Aérea Brasileira e da Polícia Científica trabalham na remoção dos corpos em meio aos destroços do helicóptero.