Munck foi utilizado pela pasta municipal para poda das plantas mais altas (Paulo Bellini/ItapiraNews)
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A poda e erradicação de árvores na Praça ‘João Batista Baiochi’, na região do bairro Santa Cruz, provocou polêmica no início da tarde de terça-feira (11).

Alguns moradores da Rua Francisquinha Ferreira Munhoz acionaram a reportagem do Itapira News para protestar contra o serviço executado pela Sama (Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente).

O trabalho na área começou ainda na segunda-feira (10), quando pedras de grande porte foram retiradas do interior da praça. “Concordo sim que algumas árvores necessitam de poda, mas jamais tirar as árvores centenárias”, reclamou a moradora Renata Rodrigues, que reside no local há 23 anos.

Ela reafirmou ser favorável ao processo de revitalização da praça, mas ficou indignada com a forma radical com que o trabalho de poda foi colocado em prática. “Acho ótimo revitalizar. Para nós moradores é mais fácil porque você tem visibilidade maior. Nunca fomos contra o cuidar da praça. Mas estou achando que a ação está muito radical porque estão querendo tirar as árvores todas”, lamentou.

De quebra ela também cobrou a apresentação do projeto de revitalização, bem como os laudos que condenavam duas espécies do logradouro. “Si tiver um laudo que fale que isso aqui futuramente vai nos causar problemas, concordo. Mas as árvores que são entrelaçadas entre elas, de jeito nenhum, eu sinto muito”, completou.

Serviço provocou revolta em alguns moradores: poda radical (Paulo Bellini/ItapiraNews)

O clima ficou mais tenso quando moradores chegaram a questionar pessoalmente o secretário da Sama, José Aparecido Perentel Rostirolla, que acompanhava de perto o serviço. “Como não vou cortar uma árvore dessas (um alfeneiro)? Se cair em cima de alguém o responsável sou eu”, respondeu, ao ser indagado sobre o laudo que condenava a espécie.

  • EXECUÇÃO

Uma equipe da pasta, com a utilização de motosserra e um caminhão munck, inicialmente trabalhou na poda das plantas mais altas. Foram cortados galhos e troncos que pendiam em direção ao pátio da antiga Estação da Fepasa, onde atualmente ocorrem as feiras livres.

Duas árvores, um alfeneiro às margens da Rua Francisquinha Munhoz e uma sibipiruna na esquina das ruas Manoel Pereira e Fleming, serão erradicadas porque os caules estão ocos e apodrecidos. A condenação de ambas consta em laudo da Sama assinado em 19 de fevereiro desse ano, que foi apresentado no local pelo técnico ambiental Fábio Alexandre Giovelli.

Rostirolla explicou que o projeto é revitalizar toda pracinha. “Acharam que iríamos cortar os flamboyants. Com as podas só estamos aliviando o peso sobre as plantas. O medo é que uma árvore de grande porte caia e mate gente lá embaixo (na feira livre da Fepasa). Tem um pinheiro que cresceu tanto que o nosso munck não alcança. E se cai em cima de alguém? Estamos fazendo a revitalização, podando tudo, deixando a praça mais limpa e depois faremos o plantio de grama. É serviço de poda e só as duas espécies condenadas serão suprimidas”, garantiu.

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