A Polícia Civil está investigando uma troca de mensagens na qual constam ameaças de um suposto ataque a escolas de Itapira que estaria sendo planejado para os próximos dias.
As informações chegaram ao conhecimento das autoridades após prints de supostas conversas em um aplicativo de rede social e que envolveria ao menos quatro adolescentes, sendo pelo menos dois da cidade.
As postagens começaram a circular no último domingo (9) e rapidamente geraram repercussão nas redes sociais, sendo compartilhadas também com autoridades de segurança da Polícia Civil, da Polícia Militar e da GCM (Guarda Civil Municipal).
Os textos mencionavam ao menos duas escolas estaduais da cidade e continham o termo “massacre”. Diante dos fatos, o SIG (Serviço de Investigações Gerais) atuou rapidamente e conseguiu identificar ao menos dois adolescentes que participaram da conversa, confirmando a troca de mensagens.
A alegação inicial de uma das pessoas localizadas pela polícia foi de que tudo não passava de uma “brincadeira” de sua parte, mas que não sabia se também seria brincadeira ou não dos demais participantes.
A polícia também detectou que o grupo em que as mensagens foram trocados foi apagado, mas os telefones foram apreendidos para que passem por perícia técnica. Também foi solicitada a quebra do sigilo de um perfil em uma rede social cujo autor pode estar envolvido na troca de mensagens.
Outros detalhes do caso não foram divulgados, a pedido da Polícia Civil, para não atrapalhar as investigações. Consultada, a delegada seccional Edna Elvira Salgado Martins disse somente que os trabalhos de investigação estão em andamento.
A reportagem pediu uma posição da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) e aguarda retorno.
- MEDIDAS
Recentemente, a Prefeitura de Itapira anunciou a intensificação do patrulhamento de viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal) nas imediações das escolas do município. A Polícia Militar também intensificou o trabalho da Ronda Escolar.
A administração itapirense também informou que o aplicativo Guardião Escolar está sendo implantado em todas as escolas municipais, com o chamado ‘botão do pânico’ para acionamento prioritário de viaturas da GCM em caso de situações emergenciais.
Especialistas em Segurança Púbica também pedem para que a população evite o compartilhamento de prints, fotos, áudios e vídeos tanto de agressores quanto de vítimas com conteúdos relacionados aos ataques para evitar o chamado ‘efeito contágio’.
“A premissa é de que as imagens podem ser usadas por comunidades que valorizam estes ataques, transformando os agressores em heróis. Neste sentido, não é recomendável que os veículos de comunicação reproduzam imagens sobre este tipo de ocorrência, e à população em geral que não compartilhe, sob risco de incitar o chamado ‘efeito contágio’ por outros potenciais agressores”, diz uma nota emitida pelo Governo do Estado de São Paulo.
Há recomendações também a pais e responsáveis de alunos para que conversem com os estudantes para que não se relacionem, nas redes sociais, com perfis de pessoas que não conheçam pessoalmente.
É importante também que pais e responsáveis estejam sempre alertas com a maneira como seus filhos usam a internet em celulares e computadores e a quais tipos de conteúdos estão tendo acesso.
Outra recomendação que vem sendo divulgada por escolas é para que todos os alunos usem o uniforme escolar, todos os dias, para ir às aulas, e que os estudantes sejam incentivados a comunicar familiares, professores ou diretores acerca de qualquer situação suspeita.