O problema é recorrente e tem como alvo praticamente todas as áreas públicas de Itapira.
Os atos de vandalismo que deixam marcas profundas de destruição e prejuízos financeiros e sociais à municipalidade refletem um assunto de enorme preocupação também ao comando da SEL (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer), responsável pela manutenção de pelo menos 25 praças esportivas espalhadas por vários bairros.
Não existe na secretaria um levantamento preciso dos atos criminosos e de vandalismo registrados em 2022, que representaram danos a campos de futebol, piscinas, centros esportivos, quadras poliesportivas, entre outros equipamentos.
Mas segundo o diretor de esportes e lazer da pasta, Flávio Chiavelli Figueiredo, é possível afirmar que a pasta contabiliza pelo menos uma ocorrência desse gênero a cada três dias.
“Tivemos um ano muito difícil em relação especificamente aos furtos de metais, como torneiras, fiações, placas. Foi muito complicado”, lamentou. Constatado o dano ao patrimônio, o reparo é feito dentro do prazo máximo de dois dias – isso quando os materiais estão disponíveis no estoque da SEL.
A dificuldade é quando ocorrem furtos de materiais considerados mais ‘pesados’, que não constam no estoque, e existe a necessidade de respeitar os prazos legais da compra via licitação. “E infelizmente a população, que não tem culpa disso, não entende essa demora, essa dificuldade. Ela acha que tem que ser feito tudo na hora”, frisou o diretor.
Figueiredo explicou que a Secretaria de Esportes e Lazer não é responsável por todas as praças de uso comum espalhadas pelo município. A pasta responde apenas pela manutenção de espaços com características esportivas.
“O que acontece é que muitas vezes fazemos o serviço como forma de auxílio às demais secretarias. Por termos um serralheiro, eletricista, encanador, muitas vezes paramos nosso serviço para atendermos demandas mais urgentes de outros setores quando necessário, como o Hospital Municipal, por exemplo”, disse.
- CENTRO DE LAZER
Os casos mais graves de danos ao patrimônio sob responsabilidade da SEL verificados este ano, na opinião de Figueiredo, foram no Centro Esportivo e de Lazer ‘Hideraldo Luiz Bellini’, na região do Cubatão. Furtos de hidrômetros e fiação deixaram sem água e energia todo complexo, inclusive os dois ginásios – ‘Santo Breda de Oliveira Sobrinho’ e ‘Antônio Corazza’.
Segundo Flávio Figueiredo, a solução para esse grave problema é muito complicada. “É uma questão de educação. Não do município, mas de educação nacional. O povo brasileiro é trabalhador, lutador, mas algumas questões não permitem sermos um país mais adequado, mais pronto para tudo que é oferecido. Sofremos com os mesmos problemas dos grandes centros e relaciono isso à falta de educação, não só a educação de dentro de casa. Estamos vivendo um sério problema cultural e social”, desabafou.