Agentes da Fiscalização foram ao local e cassaram licença após acidente elétrico (Paulo Bellini/ItapiraNews)
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A Divisão de Fiscalização de Posturas da Prefeitura de Itapira cassou, por tempo indeterminado, a licença de divertimento que autorizava o funcionamento de um parque de diversões instalado em uma área na Avenida dos Italianos.

A medida ocorreu depois de um acidente envolvendo uma criança de 13 anos que levou uma descarga elétrica ao tocar em uma estrutura metálica no local, na noite do último sábado (11).

Segundo informações publicadas em redes sociais, o choque teria ocorrido em um banheiro, mas o caso ainda está sendo apurado. Em nota oficial enviada ao portal, a direção do parque disse que um funcionário presenciou o ocorrido e que a vítima se abrigou da chuva dentro de um banheiro.

“Pelo que parece eles e seus amigos foram correr para outro lugar, e nessa transição, o menino caiu e foi até mesmo ‘pisoteado’ por algumas pessoas”, diz o comunicado que em nenhum momento menciona os termos “choque” ou “descarga” elétricos.

“Como não foi feita a perícia, não há provas concretas do que realmente aconteceu. Estamos aguardando o laudo médico para conceder mais informações. Nós do parque estamos extremamente tristes com o ocorrido, pois nosso objetivo é levar divertimento para as pessoas. O contato com a família permanece, e estamos prestando todo o apoio e ajuda para com eles”, diz a nota reproduzida na íntegra mais abaixo.

  • SITUAÇÃO REGULAR

Em nota oficial no início da tarde deste domingo (12), a Prefeitura disse que a licença foi concedida por terem sido apresentados todos os documentos necessários ao funcionamento do parque de diversões.

“Quando o responsável foi solicitar a licença de divertimento todos os documentos apresentados estavam em ordem, dentre eles as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica). Desta forma, não havia irregularidades para que a licença não fosse concedida”, destaca o comunicado.

Segundo informações, o menino que recebeu o choque foi socorrido por um agente do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que estava no local no momento do ocorrido.

Ele chegou a sofrer ao menos uma PCR (Parada Cardiorrespiratória), que felizmente foi revertida graças ao rápido socorro. O menino deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Municipal e permanece internado.

“O adolescente foi prontamente socorrido pela equipe do Hospital Municipal, onde permanece internado na UTI com quadro estável”, disse a Prefeitura na nota. Segundo a Prefeitura, com a cassação da licença anteriormente emitida, o parque agora está impedido de funcionar.

“Diante dos acontecimentos, a Fiscalização de Posturas já esteve no local e cassou a licença de divertimento. Desta forma, o parque não está mais autorizado a funcionar no município. Lamentamos pelo ocorrido e informamos que estamos prestando todo o apoio à família”, finalizou o comunicado.

A ocorrência do acidente foi registrada pela Polícia Militar e os fatos deverão ser investigados pela Polícia Civil. Equipes da Defesa Civil também estiveram no local neste domingo. Segundo informações colhidas no local, o IC (Instituto de Criminalística) foi acionado para periciar a estrutura.


  • POSIÇÃO OFICIAL DO PARQUE
“A equipe do Kis Center Park vem por meio deste esclarecimento dar a sua versão do ocorrido no dia 11/02/2023 em nosso parque. Segundo um funcionário do parque que presenciou o ocorrido, durante a forte chuva, o jovem que tinha vindo se divertir estava se abrigando com muitas pessoas dentro de um banheiro destinado ao público.
Pelo que parece eles e seus amigos foram correr para outro lugar, e nessa transição, o menino caiu e foi até mesmo “pisoteado” por algumas pessoas. Um agente de saúde que estava no local, juntamente com o bombeiro do parque e um funcionário prestaram o primeiro atendimento para o jovem, que logo após foi levado para o pronto socorro por uma cliente, em seu carro. Estavam presentes o funcionário que acompanhou o caso, o bombeiro e o agente de saúde.
Chegando no pronto socorro, o menino foi atendido, pelos médicos. O funcionário que estava junto, ficou no hospital durante todo o atendimento, prestando apoio à família. Segundo os médicos, esse atendimento inicial foi primordial para o socorro, e sem o mesmo o pior poderia ter acontecido. O menino segue internado e estável.
Como não foi feita a perícia, não há provas concretas do que realmente aconteceu. Estamos aguardando o laudo médico para conceder mais informações. Nós do parque, estamos extremamente tristes com o ocorrido, pois nosso objetivo é levar divertimento para as pessoas. O contato com a família permanece, e estamos prestando todo o apoio e ajuda para com eles.
Vale lembrar que o Kis Center Park, está regularizado em todos os sentidos, temos todos os documentos e autorizações necessárias para o funcionamento, como, ARTs mecânica e elétrica, autorização fiscal e alvará da prefeitura. Essa é a primeira posição da nossa empresa, assim que possível passamos mais informações paga vocês.
Atenciosamente,
Diretoria Kis Center Park

  • PROBLEMAS

O parque em que o acidente foi registrado é o mesmo que, no início do mês, foi acusado pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) de furto de energia, ou seja, de ter realizado ligação direta na rede elétrica.

Responsáveis pelo local contestaram a informação e disseram que as notícias eram “mentirosas” e enviaram à reportagem cópias dos documentos solicitando a ligação de energia elétrica no dia 26 de janeiro, pagamento de taxa do pedido no dia 2 de fevereiro – mesma data da ocorrência e denúncia da CPFL – alvará de funcionamento, licença de vistoria do terreno e alvarás de vistorias dos engenheiros elétricos e mecânicos, inclusive atestado de conformidade das instalações elétricas.

A nota oficial enviada pelo parque à redação no dia 4 de fevereiro a respeito das acusações feitas pela CPFL e noticiadas pelo portal está reproduzida abaixo, na íntegra:

Diante da contestação dos responsáveis pelo parque, a reportagem voltou a fazer contato com a CPFL, que manteve a versão, mesmo com as afirmações e documentos apresentados, e reforçou que a situação flagrada no local configurava o chamado ‘gato de energia’.

“Nos casos tratados, a confirmação da prática de furto de energia se deu com a presença da Polícia Científica e da Guarda Civil Municipal”, disse a concessionária na época dos fatos.

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