A Prefeitura de Itapira voltou a proibir o tráfego de veículos nos trechos das ruas Manoel Pereira e Fleming, que contornam o galpão industrial abandonado localizado no bairro Santa Cruz. O imóvel de 2 mil metros quadrados está interditado desde 18 de janeiro deste ano, sob risco de colapso.
Segundo apurado pela reportagem do Itapira News, no começo de novembro parte de uma parede desabou, bem como um fragmento da estrutura do telhado.
Após vistoria a cargo da Defesa Civil, foi solicitada ao Departamento de Trânsito da Secretaria Municipal de Defesa Social a proibição do tráfego de veículos no trecho da Manoel Pereira a partir da Rua Francisquinha Ferreira Munhoz, em direção à Rua Fleming, no sentido bairro-centro.
O novo procedimento viário começou a vigorar em 7 de novembro, como forma de proteger motoristas e pedestres. “Pelo menos uma vez por semana fazemos o monitoramento na área externa em razão de uma parede que está estufada e inclinada para a rua”, explicou o coordenador interino da Defesa Civil de Itapira, Romeu Job Souza.
De posse da administração municipal, o imóvel foi isolado pela Defesa Civil no dia 18 de janeiro por apresentar risco de desabamento. Na ocasião, a Prefeitura avaliava a possibilidade de demolir ou mesmo restaurar o prédio, mas qualquer intervenção no galpão ficará mesmo para 2025.
“Até podemos mexer, mas não compensa. Temos a posse, mas não a propriedade do prédio. Acredito que no ano que vem vamos fazer algum tipo de intervenção nesse galpão”, explicou o vice-prefeito Mário da Fonseca (MDB).
Com a utilização de pesadas tubulações em concreto, faixas zebradas e placas, todo perímetro ao entorno do galpão está isolado. Em janeiro, uma avaliação técnica da Secretaria Municipal de Obras e Planejamento detectou que o telhado vem forçando a estrutura das paredes, quadro que representa risco de colapso.
- HISTÓRICO
O imóvel está abandonado há cerca de 30 anos e em 2023 o município assumiu a posse da área. Desde março a Prefeitura passou a estudar alternativas para sanar o problema, como remover e construir um novo telhado ou demolir a estrutura.
Também é analisada a possibilidade de colocar o imóvel à venda, mas este cenário somente é possível a partir de 2026. Isto porque a lei que permitiu ao município ter a posse do prédio em razão da situação de abandono também determina que, durante três anos, o bem não pode ser comercializado.
