Alvarenga, Samanta e o preparador itapirense Elder Batista: contribuição no resultado que valeu ouro à judoca no Pan (Divulgação)
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O preparador físico itapirense Elder Henrique dos Santos Batista, 36, comemorou com entusiasmo a medalha de ouro alcançada pela judoca da seleção brasileira, Samanta de Almeida Batista Soares, 30, nos Jogos Pan-Americanos disputados em Santiago, no Chile.

Motivos para isso não faltaram, já que diretamente ele teve sua parcela de contribuição no resultado.

Ao lado do colega Francisco de Assis Alvarenga, de Curitiba (PR), a dupla elaborou um minucioso programa de controle de dados fisiológicos da atleta carioca, monitoramento que se mostrou amplamente eficiente e culminou com a conquista do lugar mais alto do pódio na competição internacional.

Batista, Alvarenga e Samanta são professores de Educação Física e cursam a mesma pós-graduação em preparação física. No início de setembro eles montaram um grupo para estudar sobre o processo de treinamento da atleta de alto rendimento do judô nacional.

“Tentamos montar um planejamento, mas como estava muito próximo dos Jogos Pan-Americanos e a Samanta já possuía o próprio preparador, decidimos fazer o controle de carga interna, ligado mais à área da fisiologia. A proposta foi monitorar a resposta dela aos treinamentos”, explica Batista.

O preparador físico itapirense: monitoramento do desempenho da judoca da seleção brasileira (Divulgação)

O trabalho compreendeu de forma aprofundada a análise das respostas internas e fisiológicas à estrutura do trabalho. “Monitoramos como o corpo da Samanta respondia frente aos treinamentos”, completa.

Segundo o preparador itapirense, dependendo dos reflexos apresentados pelos níveis de intensidade dos treinos, a atleta poderia se desgastar em demasia. “Monitorávamos como estava o desgaste e com base nisso eram feitos os ajustes de volume, por exemplo”, detalha. “Tudo para que a Samanta chegasse à competição na melhor performance.”

E foi o que aconteceu. Samanta encarou a categoria meio-pesado (até 78 quilos) e ganhou ouro na decisão que aconteceu dia 30 de outubro. Foram três lutas contra adversárias duríssimas de Cuba, Equador e de Porto Rico na finalíssima.

“Criei um sistema de monitoramento e daí desenvolvemos um controle dos treinamentos no qual incorporamos os dados. Toda semana dávamos o feedback para a Samanta sobre questões como bem-estar, sono, fadiga e estresse”, complementa o preparador itapirense.

  • RETORNO

Semanalmente a judoca encaminhava o treino proposto para que os colegas comparassem volume e resposta fisiológica. “Com base nisso orientávamos como deveriam seguir as próximas semanas”, frisa Batista.

Formado em 2008, Elder Batista sempre trabalhou em Itapira. Fez parte da equipe de atletismo da cidade dos 14 aos 22 anos, o que o levou a cursar Educação Física. Deixou a área esportiva para se dedicar atualmente ao fitness e à preparação física em academias.

De três anos para cá desenvolveu um sistema para monitorar o progresso, tanto fisiológico quanto no trabalho real, nos treinos dos alunos. “A ideia agora é assumir efetivamente a preparação da Samanta. Nosso planejamento é esse, além de tentar levar esse trabalho para outras modalidades e atletas também”, adianta.

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