A Secretaria Municipal de Saúde de Itapira registrou nesta sexta-feira (13) o primeiro caso da doença Mpox no município. O exame com o resultado positivo para o contágio de um homem de 26 anos com o vírus Monkeypox chegou no início da tarde.
A informação foi apurada com exclusividade pelo Itapira News. Segundo apurado, o paciente não é de Itapira, mas reside temporariamente na cidade em razão de trabalho.
“Ele apresentou os primeiros sintomas da doença na sexta-feira passada, dia 6, e no dia 8 procurou atendimento no Hospital Municipal. Foi medicado e orientado quando aos protocolos de isolamento domiciliar”, diz nota da Prefeitura enviada à redação.
Após a avaliação, foi colhido exame e enviado ao Instituto Adolfo Lutz. “O paciente passa bem, com regressão dos sintomas. Trata-se de um caso leve”, completa o comunicado.
Ainda segundo informado pela administração, ao longo dos próximos 21 dias a Secretaria Municipal de Saúde fará avaliação e monitoramento de todas as pessoas que moram na mesma casa do paciente.
Porém, de acordo com o protocolo, sendo assintomáticos eles não precisam cumprir isolamento. A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que continuará com todas as ações de vigilância e orienta para que na presença de sintomas as pessoas procurem por atendimento médico”, conclui a nota.
- A DOENÇA
A Mpox é uma doença zoonótica viral cuja transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.
Entre os sintomas gerais destacam-se erupções cutâneas ou lesões na pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios e fraqueza.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da Mpox (período de incubação) costuma ser de três a 16 dias, podendo chegar a até 21 dias.
As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.
Depois disso a pessoa contaminada deixa de transmitir o vírus. Em caso de sinais da doença, é fundamental que o paciente procure um serviço médico para análise do quadro e possível diagnóstico, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.
Como principal forma de prevenção, é aconselhado evitar o contato com pessoas infectadas ou com suspeita da doença.
Além disso, é importante atentar para o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar adequadamente os itens de uso diário.
- VACINA
Também nesta sexta-feira (13), a OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que pré-qualificou a vacina contra a Mpox produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic. Este é o primeiro imunizante contra a doença que passa a integrar a lista de insumos pré-qualificados da entidade.
Na prática, isso permite que a dose possa ser distribuída a países de baixa renda e que enfrentam surtos da doença, como países da África, por exemplo. Dados da OMS indicam que, até o momento, 120 países confirmaram mais de 103 mil casos de Mpox desde 2022.
Apenas este ano, foram contabilizados 25.237 casos suspeitos e confirmados, além de 723 mortes pela doença, provenientes de surtos distintos, causados por variantes diferentes, em 14 países africanos.