A constante preocupação com a preservação do meio ambiente envolveu alunos da Escola Estadual ‘Benedito Flores de Azevedo’ no Projeto Ecobarreira.
Com orientação das professoras Patrícia Soares de Oliveira Massarotti e Priscila Ravagnani, o primeiro semestre foi dominado por estudos em torno de temas ambientais e busca por informações sobre como construir as estruturas.
Já na manhã de sexta-feira (16), no trecho do Ribeirão da Penha próximo à Ponte ‘Reinaldo Zeferino’, que faz a ligação do Jardim Soares com o bairro Penha do Rio do Peixe, aconteceu a instalação da primeira ecobarreira construída pelos estudantes.
As ecobarreiras são estruturas flutuantes que, ao serem colocadas transversalmente em rios ou demais corpos d’água, permitem o bloqueio do escoamento dos resíduos compostos principalmente por materiais plásticos e descartáveis.
O trabalho envolveu alunos do 8º e 9º anos e 1ª série do Ensino Médio. No primeiro semestre as aulas aconteceram às sextas-feiras, dentro do Programa de Ensino Integral da unidade de ensino.
“Vida e ambiente são inseparáveis. No fim do ano passado cheguei com essa ideia de construir uma ecobarreira e no início de 2024, durante as eletivas, propus esse desafio para o 9º ano e Ensino Médio, de limpar o rio e deixar a água limpa. E todos toparam de primeira”, conta Patrícia, que é professora de Matemática da ‘Benedito Flores’.
Para dar início ao trabalho, várias entidades parceiras foram contatadas, como Sama (Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente), Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) e Ascorsi (Associação dos Coletores de Resíduos Sólidos de Itapira).
“Hoje vemos o rio com a água escura e um cheiro ruim. Se não cuidarmos dos elementos básicos da vida, que saúde vamos ter?”, questiona a professora. Ela destacou ainda a colaboração da comunidade que reside nas imediações da escola.
“Com a colaboração das pessoas do bairro, da escola e dos familiares, conseguimos os galões e cordas para montarmos a ecobarreira”, conta. “Precisamos ter gratidão sempre com o ambiente que vivemos. Teoria temos em qualquer meio, especialmente com a Internet, mas precisamos aprender e praticar essa teoria”, completa.
Patrícia fez questão de agradecer ainda aos professores Álvaro Bonfá, Dalvo de Oliveira Guidete e Francisco de Assis Sabadini, todos importantes para a montagem da ecobarreira. O equipamento será monitorado diariamente para retirada dos detritos, que serão encaminhados à Ascorsi. O lixo que não for reutilizável seguirá para o aterro sanitário.