O polêmico Projeto de Lei que reajusta em quase 88% o salário pago aos vereadores itapirenses será votado nesta segunda-feira (29) na Câmara Municipal.
A votação do texto está na pauta da sessão extraordinária convocada para 9h00 pelo presidente da Casa de Leis, Mino Nicolai (MDB), e que não teve divulgação oficial nos canais do Legislativo.
Uma segunda sessão extraordinária também foi convocada para 10h00, permitindo assim que o projeto tenha primeira e segunda votações caso haja voto contrário, como já é previsto.
Caso o texto seja aprovado, o atual subsídio de R$ 5.264,05 pago mensalmente aos vereadores será elevado para R$ 9.890,00 a partir da próxima legislatura, com início em 2025.
O projeto deu entrada na Câmara no dia 18 e seria votado na sessão da última quinta-feira (25), mas recebeu pedido de vistas do vereador Leandro Sartori (Psol).
A convocação de duas sessões extraordinárias para a manhã de uma segunda-feira foi interpretada como uma estratégia para evitar a presença de manifestantes contrários ao projeto.
- PLACAR
Conforme a última apuração feita pelo Itapira News, o projeto tinha pelo menos cinco votos favoráveis até a última sessão ordinária da Câmara, na quinta-feira passada, de acordo com questionamentos feitos pela reportagem diretamente a oito dos 10 vereadores:
Declararam voto farovável ao aumento:
- Mino Nicolai (MDB) – que só vota em caso de empate por ser o presidente da Câmara
- Luan Rostirolla (MDB)
- Beth Manoel (MDB)
- Fábio Galvão dos Santos (PSD)
- André Siqueira (MDB)
Leandro Sartori disse que votaria contra, enquanto Carlos Donizete Briza (PP) e Maísa Fernandes (PSD) disseram que ainda não se decidiram sobre o voto. A reportagem não conseguiu contato com Carlinhos Sartori (PSDB) e César da Farmácia (PSD).
O PL que reajusta o subsídio dos vereadores é de autoria da Comissão de Finanças e Orçamento, que tem como presidente o vereador Fábio Galvão dos Santos e como membros os vereadores André Siqueira e Beth Manoel.
O último reajuste do subsídio dos vereadores ocorreu em novembro de 2014, retroativo a maio do mesmo ano, com acréscimo de 6,28% ao então salário de R$ 4.953,00, chegando então ao patamar atual de 5.264,05.
Antes disso, em 2012, a pressão gerada por movimentos populares frustrou os planos de um reajuste para R$ 6.430,00 que valeria a partir de janeiro de 2013. Se entrar em vigor, o novo valor proposto agora na Câmara será pago a partir de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2028.