Um novo radar meteorológico de alta tecnologia foi instalado nesta semana no Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e deve começar a operar em fase experimental a partir de dezembro.
O equipamento é capaz de detectar eventos climáticos extremos em um raio de até 100 quilômetros e foi adquirido por R$ 4,4 milhões, fruto de uma parceria entre Unicamp, Agência Metropolitana de Campinas e Governo de São Paulo.
A principal função do radar será auxiliar a Defesa Civil na prevenção de desastres naturais , emitindo alertas em tempo real sobre chuvas intensas e outros fenômenos climáticos que coloquem vidas em risco.
O equipamento se integrará ao Sistema de Radares do Governo de São Paulo, que já conta com um radar instalado em Ilhabela, no litoral norte do Estado, capaz de monitorar um raio de até 120 km.
“A nossa meta é sempre usar a tecnologia a nosso favor, principalmente no desenvolvimento urbano. Desde 2023 estamos investindo em ferramentas para monitorar áreas de risco e desmatamento. Esse radar reforça as iniciativas de fiscalização e prevenção, especialmente frente às mudanças climáticas”, explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado, Marcelo Branco.
O radar instalado em Campinas tem tecnologia de dupla polarização, que proporciona maior precisão nas estimativas de chuva e na classificação de fenômenos meteorológicos.
A estrutura, que pesa cerca de 3 toneladas, é composta por uma antena parabólica de 4 metros de diâmetro, montada em uma torre de 10 metros de altura no Cepagri.
O equipamento integrará o Centro Regional de Meteorologia da Região Metropolitana de Campinas, que ainda está em fase de implementação, e será interligado aos sistemas estaduais e federais de monitoramento meteorológico.
A iniciativa de adquirir o radar surgiu nas reuniões da Câmara Temática da Defesa Civil, um dos grupos do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, responsável por aprovar projetos de desenvolvimento urbano.
Além dessa novidade, o Governo de São Paulo utiliza o SMAS (Sistema de Monitoramento de Áreas Suscetíveis), lançado em dezembro de 2023, para identificar novas construções, desmatamentos e movimentações de terra em áreas de risco.
Com cobertura de 12,5 mil quilômetros quadrados, o SMAS já abrange 24 cidades, incluindo municípios do Litoral Norte, Baixada Santista e Região Metropolitana de São Paulo.
