Uma reunião ocorrida no dia 16 na sede da Secretaria Municipal de Educação de Itapira colocou em discussão a elaboração de um protocolo multisetorial com objetivo de prevenir os diversos tipos de violência praticados contra crianças e adolescentes.
O encontro contou com a presença da secretária da pasta, Regina de Santana Lago Gracini, além de coordenadoras, supervisoras e assistente social da Secretaria de Educação, bem como da equipe da Ronda Escolar da GCM (Guarda Civil Municipal).
Uma das propostas é que toda a rede de atendimento às crianças e adolescentes, incluindo guardas civis municipais e professores, seja capacitada para compreender a chamada ‘revelação espontânea’.
“Muitas vezes as crianças contam os fatos de uma maneira não tão clara e saber ouvir e conduzir uma conversa adequadamente pode ajudar a prevenir muitos casos de violência e abuso ou, se isso já tiver ocorrido, gerar uma denúncia. A proposta é de ensinar a ouvir essa criança que já teve o direito violado sem revitimizá-la”, explica a guarda Paula Márcia Antônio.
A assistente social da Educação, Joseane Pompeu Garcia, também falou da importância do trabalho em rede para que tanto as crianças quanto os professores tenham o apoio necessário para lidar com essas situações.
Ela destacou ainda o papel fundamental dos professores para identificar sinais de alerta. “As crianças confiam nas professoras e esses relatos podem chegar de diferentes formas”, disse.
A comandante da GCM, Patrícia Zacariotto, destacou que essa iniciativa de inserir a corporação na rede de proteção já é muito efetiva com as mulheres e é preciso também chegar a outros públicos.
“Nós sempre estamos envolvidos nas ocorrências e, muitas vezes, também somos a porta de entrada para denúncias. É muito importante essa integração da guarda com todos os setores para que sempre trabalhemos alinhados para prestar a melhor assistência aos nossos cidadãos”, frisou.
O planejamento do novo protocolo também prevê uma reunião entre membros da GCM com a Secretaria Municipal de Promoção Social e com o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).