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A direção do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) admitiu ter cometido uma falha quando atribuiu ao alto consumo no final de semana o problema da falta d’água que acometeu vários bairros de Itapira na região dos Prados logo nas primeiras horas de sábado (13).

“Infelizmente cometemos um erro. Achamos que era uma coisa e depois descobrimos outra (rompimento de uma adutora). Houve uma falha nossa”, lamentou o presidente da autarquia, Carlos Vitório Boretti de Ornellas.

Em algumas áreas da cidade, como os bairros Istor Luppi e José Tonolli, por exemplo, há registros de que o abastecimento somente foi normalizado no início da noite de domingo (14), mas mesmo assim a água ainda apresentava coloração muito escura.

Ornellas explicou que a maior dificuldade em detectar o rompimento da adutora na Avenida Brasil foi o fato do vazamento não ter chegado à superfície. “A água não aflorou e seguiu para um canal que passa próximo. Como não achamos nada, a primeira hipótese foi o consumo acima da média. Só depois é que identificamos o rompimento”, disse.

O presidente do Saae garantiu que, em razão da onda de calor dos últimos meses, os equipamentos da autarquia vêm apontando para alta no consumo de 5% a 10%, o que acabou por induzir ao erro sobre a origem do problema.

“Pelo sistema de telemetria, os funcionários detectaram queda acentuada no nível de três reservatórios, o que mobilizou uma operação em busca da causa. Só que não estávamos descobrindo porque a água não aflorou”, completou.

Em relação à coloração escura da água que chegou às torneiras das residências após os reparos, Ornellas contou que se trata de uma espécie de “crosta” formada no interior da tubulação, material que se desprende em razão da variação da pressão durante a manutenção.

  • VAZAMENTOS

Muitas reclamações sobre vazamentos identificados nas ruas do município chegaram ao conhecimento do Itapira News, com críticas principalmente à demora dos reparos necessários.

“Essa demora no atendimento acontece por causa da quantidade dos vazamentos. São muitos e não é somente chegar e em 20 minutos vai estar tudo resolvido. Nós dependemos do maquinário”, salientou.

Segundo ele, a origem desse problema específico concentra vários fatores: tubulação antiga, válvulas redutoras de pressão que necessitam de manutenção e peças desgastadas, entre outros.

“Tanto que estamos contratando uma empresa para fazer a manutenção dessas válvulas. Não é um serviço barato e estamos correndo atrás”, confirmou.

Alguns moradores que sofreram com o desabastecimento no final de semana defenderam descontos nas tarifas para os dias em que as torneiras dos imóveis ficaram secas, possibilidade que foi descartada pelo presidente do Saae.

“A água cobrada é somente aquela que passa pelo cavalete. Em razão do problema na adutora, essa água não passou e, portanto, não registrou consumo. O transtorno aos moradores foi ficar sem o abastecimento e lamentamos muito por isso”, concluiu.

As reclamações que chegaram ao Itapira News deram conta de que o abastecimento foi afetado em áreas como Jardim Guarujá, Istor Luppi, Vila José Secchi, Jardim Paraíso, Macucos, Jardim Santa Terezinha, condomínios São Marcos e São Francisco e Jardim Camboriú, por exemplo.

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